12 de fev. de 2016

Como proceder nos casos de Dengue, Zika e Chikungunya



As três doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti possuem sintomas muito semelhantes, mas algumas características como as apresentadas na tabela podem ajudar a diferenciá-las. 

                
          Alguns anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico podem causar complicações hemorrágicas, em especial nos casos de dengue, podendo também mascarar alguns sintomas. Visto que a farmácia é um estabelecimento de saúde onde o paciente pode buscar orientação, é importante que o farmacêutico fique atento ao paciente que apresenta qualquer um dos sintomas. O farmacêutico deve explicar sobre os riscos da automedicação em casos de suspeita de dengue, zika ou chikungunya, orientar que procure uma unidade de saúde e estar preparado para esclarecer dúvidas a respeito dessas doenças. 
         As infecções causadas pelo Zika vírus são difíceis de reconhecer, uma vez que aproximadamente 80% delas são assintomáticas e grande parte dos doentes não irá procurar os serviços de saúde. Com isso, é importante que os profissionais da saúde estejam preparados para orientar a população acerca das medidas que devem ser tomadas para o combate ao mosquito e como proceder com mulheres grávidas ou em idade fértil. 
           Para enfrentar a situação, o Ministério da Saúde elaborou informes e protocolos sobre Zika vírus e a relação deste vírus com microcefalia, com a finalidade de orientar gestores e profissionais de saúde. 
São três protocolos fornecidos pelo Ministério da Saúde. O primeiro estabelece uma linha de cuidados, passando por orientação para as mulheres em idade fértil sobre planejamento familiar, cuidados no pré-natal, atenção ao parto e ao nascimento e assistência às crianças com microcefalia. O documento está disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/protocolo-sas-2.pdf
          Os outros dois protocolos vão direcionar as ações nos serviços de saúde. Um descreve o padrão epidemiológico de ocorrência de microcefalias relacionadas a infecção pelo vírus Zika, orienta para a identificação dos casos suspeitos, fluxo de notificação, investigação laboratorial e medidas de prevenção e controle. O documento está disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/22/microcefalia-protocolo-de-vigilancia-e-resposta-v1-3-22jan2016.pdf. O outro é um protocolo para implementar vigilância sindrômica e fluxo laboratorial para diagnóstico de Zika vírus, disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/14/Protocolo-Unidades-Sentinela-Zika-v--rus.pdf