26 de out. de 2012

Pergunte ao CIM-RS: estabilidade de líquidos orais



O uso de medicamentos na forma líquida por via oral tem se justificado com base na facilidade de administração a pacientes que apresentam dificuldade para deglutir, a exemplo dos pacientes pediátricos. Entretanto, a administração de formas farmacêuticas líquidas requer fracionamento para a obtenção da dose adequada, diferentemente das formas sólidas (comprimidos e cápsulas) que são produzidas com a dose individualizada.

No dia-a-dia, os profissionais da saúde e os usuários de medicamentos podem se sentir inseguros sobre o prazo de utilização aceitável de alguns medicamentos que se apresentam em embalagem multidose. A abertura do frasco interfere no prazo de validade das formulações líquidas, uma vez que sua estabilidade é influenciada por uma série de fatores como, por exemplo, componentes da formulação e condições de armazenamento, entre outros.

O “Pergunte ao CIM-RS” dessa semana traz orientação sobre a estabilidade de formas farmacêuticas líquidas orais após a abertura do frasco. Clique aqui para ver a resposta.

23 de out. de 2012

Pesquisa avaliará o uso de medicamentos no Brasil



O Ministério da Saúde irá promover uma pesquisa para avaliar o acesso e o uso de medicamentos pela população no Brasil. Denominada Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) é uma pesquisa inédita, e conta com a parceria de 11 universidades federais, entre elas a UFRGS, e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), para investigar, em uma amostra de 300 municípios, o perfil da utilização e o impacto das políticas de medicamentos no país. O objetivo é alinhar as políticas públicas farmacêuticas aos princípios e diretrizes do SUS.

Para conferir a notícia, divulgada no Portal da Saúde SUS, na íntegra, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe do CIM-RS

19 de out. de 2012

Osteoporose e prevenção de fraturas ósseas



A osteoporose caracteriza-se pela baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade e suscetibilidade a fraturas. A osteoporose é uma doença relacionada à idade e pode afetar a ambos os sexos, embora seja mais frequente em mulheres em idade pós-menopausa. As quedas são mais frequentes em idosos, em decorrência de distúrbios de visão, dificuldade de equilíbrio, déficit cognitivo ou uso de sedativos. Estima-se que a incidência de fraturas aumente progressivamente, tendo em vista a crescente longevidade do ser humano.

A prevenção primária de fraturas e osteoporose é feita por medidas não medicamentosas como a modificação do estilo de vida, incluindo exercício, ingestão adequada de cálcio na dieta, cessação de tabagismo e consumo excessivo de álcool e redução na prescrição de ansiolíticos e sedativos. A exposição solar, por exemplo, é vital à produção endógena de vitamina D.

A meta do tratamento farmacológico da osteoporose é a prevenção de fraturas. Suplementos de cálcio isolado, cálcio associado a vitamina D ou seus análogos, e a utilização de bifosfonatos (alendronato de sódio, ibandronato de sódio, pamidronato dissódico, etc.) são utilizados para este fim. Em pacientes com maior risco é indicada a terapia com bifosfonatos associada ou não a suplementação de cálcio e vitamina D.

O boletim Uso Racional de Medicamentos n° 14, intitulado O Papel do Cálcio e da Vitamina D na Prevenção de Fraturas Ósseas traz recomendações sobre medidas não farmacológicas, e avalia o uso profilático de cálcio, e seus diferentes sais, e vitamina D, e seus análogos, bem como que pacientes teriam maior benefício com essa suplementação. O boletim ainda destaca a carência de estudos de qualidade que definam a eficácia dessa associação na prevenção de fraturas. Acesse o texto completo do boletim neste link.

A segurança dos bifosfonatos, por sua vez, é tema e outro boletim, o qual destaca a ocorrência de reações adversas importantes em mulheres em período pós-menopausa suscetíveis a fraturas. Acesso o Boletín Terapéutico Andaluz aqui.

Boa leitura,

Equipe do CIM-RS.

16 de out. de 2012

Higienização das Mãos



A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida primária, mas muito importante, no controle de infecções. Por esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e do controle de infecções, principalmente nos serviços de saúde, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes.

Com relação à prevenção da transmissão de doenças respiratórias, é fundamental higienizar frequentemente e cuidadosamente as mãos com água e sabão ou utilizar álcool gel, principalmente após espirrar, tossir ou assoar o nariz. Sabe-se que o vírus da Influenza Sazonal é inativado em 30 segundos após anti-sepsia das mãos com álcool 70%; outros vírus, como, por exemplo, herpes simples, HIV, influenza, mostraram-se suscetíveis ao álcool em testes in vitro.  Sendo assim, as mãos podem ser higienizadas com preparação alcoólica, na forma de gel ou solução, quando estas não estiverem visivelmente sujas. A higienização das mãos com água e sabonete, líquido é o mais indicado, é essencial quando as mãos estiverem visivelmente sujas.

A higienização das mãos por profissionais da saúde é essencial no cuidado ao paciente. Estudos sobre o tema mostram que a adesão dos profissionais de saúde às práticas de higienização das mãos de forma constante e na rotina diária ainda é baixa, devendo ser estimulada para tornar esses profissionais conscientes da importância de tal hábito. Torna-se imprescindível reformular essas práticas nos serviços de saúde, na tentativa de mudar a cultura prevalente, de modo a aumentar a adesão à higienização das mãos. Todos devem estar conscientes da importância dessas medidas para garantir a segurança e a qualidade da atenção prestada.


Em alusão ao Dia Mundial da Lavagem de Mãos, ocorrido em 15 de outubro, o CIM-RS disponibiliza um manual divulgado pela ANVISA sobre o tema. No manual são apresentadas técnicas de higienização de mãos, produtos mais utilizados, evidências de transmissão de patógenos por meio das mãos, entre outras informações. Para acessar o manual “Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos” clique aqui.

Boa leitura,

Equipe CIM-RS.

11 de out. de 2012

Tratamento do Transtorno Depressivo Maior



O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é uma doença que afeta a qualidade de vida, por interferir no desempenho, tanto laboral como social, e pode acometer diversas fai­xas etárias, em ambos os gêneros e em diferentes fases da vida (pós-parto, asso­ciada a uma doença, abuso de substân­cias, etc). O diagnóstico da depressão depende da avaliação do pa­ciente, de seu estado geral e de seu his­tórico; portanto, os critérios para diagnóstico e avaliação de resposta ao tratamento são subjetivos e suscetíveis a erros, em especial quando realizado por profissional não habilitado.

A prevalência de depressão é, aproxi­madamente, duas vezes maior no sexo feminino comparado ao masculino. Em estudo realizado em 2003, com amostra representativa da população de Porto Alegre, foi identificada uma preva­lência de depressão maior de 12,4%.

O tratamento do TDM tem por objetivo melhorar a qualida­de de vida, diminuir a necessidade de hospitalização, minimizar o risco de suicídio e reduzir as reincidências das crises depressivas, ou seja, eliminar sin­tomas, recuperar a capacidade funcio­nal e social e impedir a recorrência da doença.

Os transtornos depressivos podem ser tratados com uma variedade de terapias, entre as quais farmacoterapia, psicoterapia e eletroconvulsoterapia. Artigo publicado pelo Boletim Brasileiro de Avaliações de Tecnologias em Saúde (BRATS), destaca o uso de medicamentos antidepressivos, cujas ações são fundamentadas na bioquímica da neurotransmissão, pela população adulta com TDM. O objetivo do boletim foi anali­sar as evidências científicas disponíveis sobre uso de antidepressivos no trata­mento do TDM quanto a eficácia e segurança, em pacientes adultos, para os desfechos qualidade de vida, admissão hospitalar, suicídio, reincidência, taxa de abandono e efei­tos adversos. As maiores diferenças são observadas na incidência de eventos adversos e no custo do tratamento, que têm influência na tolerância e na ade­são ao tratamento pelo paciente.

Para acessar o boletim BRATS sobre Antidepressivos no Transtorno Depressivo Maior em Adultos, clique aqui.

Boa leitura,

Equipe CIM-RS

8 de out. de 2012

Pergunte ao CIM-RS: Mononitrato vs Dinitrato de Isossorbida



Indicados para a prevenção e tratamento da angina, os nitratos orgânicos (isossorbida, nitroglicerina, etc) tem ação farmacológica semelhante, promovendo vasodilatação direta. Apesar das similaridades compartilhadas pela classe terapêutica, mononitrato e dinitrato de isossorbida apresentam características próprias, o que pode gerar confusão para os profissionais da saúde.

Neste contexto, a sessão “Pergunte ao CIM-RS” desta semana tem como questão: “Quais as diferenças entre mononitrato e dinitrato de isossorbida quanto à indicação de uso, dose e posologia usual em adultos?” Clique aqui para ver a resposta.

Boa leitura,

Equipe CIM-RS