22 de dez. de 2014

Funcionamento do CIM-RS no final de ano

Informamos que não haverá expediente no CIM-RS nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro de 2014, e 01 e 02 de janeiro de 2015.  
Nos dias 22,23, 29 e 30  de dezembro o funcionamento do centro será normal.

Desejamos a todos um Feliz Natal e um 2015 repleto de felicidades!

Boas Festas!
Equipe CIM-RS

4 de dez. de 2014

Efeitos gastrintestinais de metformina

A importância do diabetes mellitus (DM) cresce a cada dia em razão do aumento de sua prevalência e por sua habitual associação à dislipidemia, à hipertensão arterial e à disfunção endotelial. No Brasil, dados do Ministério da Saúde, mostram que a prevalência de diabetes autorreferida na população acima de 18 anos aumentou de 5,3% para 5,6%, entre 2006 e 2011 e que o DM aumenta de acordo com a idade da população: 21,6% dos brasileiros com mais de 65 anos referiram a doença, enquanto que apenas 0,6% das pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos tem diabetes.
O controle dos níveis glicêmicos é essencial para o tratamento do DM, para prevenção das complicações agudas e crônicas, promovendo a qualidade de vida e reduzindo a mortalidade. Para isso, é fundamental a adoção de hábitos de vida saudáveis e, quando as medidas não farmacológicas não são suficientes para promover o controle glicêmico, o tratamento farmacológico com antidiabéticos orais constitui a primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2, uma vez que promovem, com controle estrito, redução na incidência de complicações e têm boa aceitação pelos pacientes.
A metformina é medicamento de primeira escolha no tratamento DM tipo 2. O fármaco aumenta a captação da glicose e sua utilização na musculatura esquelética, reduzindo resistência à insulina e diminuindo a produção hepática de glicose. Metformina mostra eficácia em prevenir complicações vasculares do diabetes e mortalidade, superando sulfonilureias, acarbose, tiazolidinedionas, meglitinidas, insulina e dieta.
Entretanto, reações adversas no trato gastrintestinal são muito comuns com o uso de metformina, entre elas náuseas, vômitos, flatulência, dor abdominal e diarreia, podem comprometer a adesão do paciente ao tratamento. Na seção Pergunte ao CIM-RS, clique aqui e confira a resposta à pergunta: Existe alguma forma de amenizar os sintomas gastrintestinais do medicamento metformina?
Como complemento, recomendamos a leitura do boletim Australian Prescriber, sobre prescrição segura de metformina em diabetes. Para ler o boletim, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

Fontes:

- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf.
- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/formulario_terapeutico_nacional_2010.pdf.

- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados. Uso Racional de Antidiabéticos no âmbito da Atenção Primária à Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://crorn.org.br/_pdfs/uso-racional.pdf.

14 de nov. de 2014

Redução do horário de funcionamento do CIM-RS

Informamos aos nossos usuários que, a partir de hoje, 14 de novembro de 2014, o Centro de Informações sobre Medicamentos do Rio Grande do Sul terá seu horário de atendimento temporariamente reduzido, com expediente das 8:00 às 12:00 horas, de segundas a sextas-feiras.

Alertamos que, com a redução do horário de funcionamento, por tempo indeterminado, o envio das respostas às solicitações não terá a mesma agilidade, podendo o prazo estender-se por tempo maior que o usual.

As solicitações podem continuar sendo encaminhadas por e-mail em qualquer horário, que serão atendidas o mais breve possível. No entanto, solicitações por telefone serão recebidas preferencialmente no turno na manhã, podendo, eventualmente, serem recebidas à tarde.

Agradecemos a compreensão de todos.

Equipe CIM-RS

27 de out. de 2014

Horário de funcionamento do centro

Informamos que na semana de 27 a 31 de outubro, o CIM-RS estará atendendo apenas no turno da manhã, das 08:00 às 12:00.
Salientamos que no dia 28 de outubro, em virtude do dia do Servidor Público, não haverá atendimento no CIM-RS.
Nossos usuários poderão encaminhar suas questões por e-mail que serão respondidas assim que possível.

Atenciosamente,
Equipe CIM-RS

10 de out. de 2014

Metilfenidato e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

O número de crianças e adolescentes com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) cresceu nos últimos anos, com estimativas de prevalência no Brasil variando entre 0,9% e 26,8%. Em matéria publicada no jornal Zero Hora, em 11 de agosto de 2014, a psicóloga Denise Barros afirma que especialistas acreditam que o elevado número de diagnósticos se deve ao aumento da divulgação da doença e do número de pessoas que passaram a ter acesso ao tratamento
O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico e subjetivo, devendo considerar o histórico de comportamento do paciente, em que os sintomas, obrigatoriamente, levam a algum tipo de dificuldade ou impedimento para a realização de tarefas. O diagnóstico deve excluir outras doenças, problemas socioambientais e deve, também, diferenciar o TDAH de padrões típicos de comportamento da faixa etária e os apresentados pelos indivíduos. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção assume que o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
No entanto existem evidências de que crianças que não possuem TDAH estariam sendo medicadas e sem necessidade, conforme edição do Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS) sobre o tema. Um fator que pode contribuir para o excesso de diagnósticos de TDAH, é que os sintomas sugestivos dessa doença são comuns em crianças e jovens e frequentemente identificados por seus pais, professores ou médicos. O tratamento pode contar com intervenções sociais, psicológicas, comportamentais e farmacológicas. O medicamento mais utilizado é o metilfenidato, um agente estimulante do sistema nervoso central, indicado como adjuvante às intervenções destinadas ao tratamento de distúrbios de hiperatividade.
            Recentemente, circulou na imprensa, uma notícia sobre o aumento de 775% no consumo de metilfenidato no Brasil, nos últimos 10 anos. A notícia faz referência à tese de doutorado da psicóloga Denise Barros, que compilou dados dos relatórios anuais sobre substâncias psicotrópicas da Junta Internacional de Controle de Narcóticos, órgão vinculado às Nações Unidas. Segundo dados da Anvisa, o número de caixas de metilfenidato vendidas no Brasil passou de 2,1 milhões em 2010 para 2,6 milhões em 2013. 
            A elevação do consumo de metilfenidato pode ser atribuída ao aumento de prescrições para pacientes diagnosticados com TDAH, a prescrições decorrentes de diagnósticos imprecisos, e também ao uso não prescrito com finalidades de aprimoramento cognitivo ou recreação. Considerando que o metilfenidato possui um alto potencial para abuso e dependência e o risco de reações adversas importantes, diagnósticos equivocados, em que dificuldades de desempenho podem estar sendo confundidos com doença, e à pratica do consumo indevido, se faz necessária a discussão sobre o uso racional do medicamento.
            Cabe ressaltar que o metilfenidato consta no rol dos psicotrópicos - lista A3 - da Portaria SVS/MS n° 344, de 12 de maio de 1998, e sua venda está condicionada à retenção da notificação de receita.
Considerando a necessidade de discussão sobre o uso racional do metilfenidato, recomendamos a leitura do Boletín de Información Farmacoterapéutica de Navarra sobre TDAH e seu tratamento, que apresenta uma análise crítica da evolução do diagnóstico e uma revisão dos aspectos de eficácia e segurança do tratamento farmacológico.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS.


Fontes:
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. BRATS - Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Metilfenidato no tratamento de crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Ano VIII nº 23 - março de 2014. Disponível em: http://200.214.130.94/rebrats/publicacoes/brats23.pdf. Acesso em: 08 out. 2014.

- Consumo de Ritalina no Brasil cresce 775% em dez anos. Zero Hora (versão on line). Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/08/consumo-de-ritalina-no-brasil-cresce-775-em-dez-anos-4572462.html. Acesso em: 08 out. 2014.

16 de set. de 2014

Aviso

Informamos que na semana de 15 à 19 de setembro, o CIM-RS estará atendendo apenas no turno da manhã.
Nossos usuários poderão encaminhar suas questões por e-mail que serão respondidas assim que possível.

Atenciosamente,
Equipe CIM-RS

4 de set. de 2014

Dispensação de antimicrobianos para uso tópico contendo neomicina

Desde maio de 2011, com a publicação da RDC nº 20/2011, que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, a dispensação destes fármacos deve ser realizada mediante retenção da segunda via da receita e deve ser escriturada no SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados). A publicação dessa resolução teve como objetivo a promoção do uso racional deste tipo de medicamento e, também, minimizar a elevação da resistência bacteriana no país.


Antes disso, os antimicrobianos, de uso oral ou tópico, eram comercializados livremente e sem controle. Mesmo sendo medicamentos com venda sujeita à prescrição médica, a receita sequer era solicitada para proceder a dispensação.  A venda destes medicamentos era tão comum, que alguns antimicrobianos figuravam entre as principais substâncias utilizadas como automedicação. Muito utilizadas para prevenir o desenvolvimento de infecções bacterianas em pequenos ferimentos, formulações de uso tópico contendo neomicina ou neomicina associada à bacitracina, sempre fizeram parte da farmácia caseira de muitas famílias.

Mesmo depois de passados mais de três anos da publicação da RDC n° 20/2011, um ano da Nota Técnica sobre a RDC e de já terem sido estabelecidas rotinas para que as exigências da resolução sejam cumpridas em farmácias e drogarias, farmacêuticos ainda tem dúvidas relacionadas a dispensação de antimicrobianos, especialmente medicamentos que contêm neomicina, por alguns serem venda livre e outros sujeitos à prescrição médica. Considerando que esta é uma pergunta recorrente, o “Pergunte ao CIM-RS” responde a: Medicamentos para uso tópico que contêm a associação neomicina+bacitracina, na mesma formulação, podem ser comercializados sem a retenção de receita? É necessária a retenção de receita para a dispensação de todas as pomadas que contém neomicina?

Confira a resposta clicando aqui.

Boa leitura,

Equipe CIM-RS

22 de ago. de 2014

Aviso

Informamos que, na tarde desta sexta-feira, dia 22 de agosto, não haverá atendimento no CIM-RS. Nossos usuários poderão encaminhar suas dúvidas por e-mail que responderemos o mais breve possível.

O CIM-RS retorna ao funcionamento normal, das 8:00 às 12:00 horas e das 13:00 às 16:00 horas, a partir de segunda-feira, dia 25 de agosto.

Equipe CIM-RS

14 de ago. de 2014

Funcionamento do CIM-RS no período da tarde

Informamos que na tarde de hoje, dia 14 de agosto de 2014, não haverá atendimento no CIM-RS.
Na sexta-feira, dia 15 de agosto, retomaremos o funcionamento normal, das 8:00 às 12:00 horas, pela manhã, e das 13:00 às 16:00 horas, na parte da tarde.

Gratos pela compreensão,
Equipe CIM-RS

8 de jul. de 2014

Medicamentos para o tratamento sintomático de resfriados são realmente eficazes?

 Os resfriados são doenças muito comuns principalmente em períodos com elevadas mudanças climáticas, como acontece no inverno gaúcho. São mais frequentes em crianças do que em adultos e podem ser causados por mais de 200 vírus diferentes. Os sintomas muito conhecidos são febre, calafrios, cefaleia, tosse seca, dor de garganta, congestão nasal ou coriza, mialgia, anorexia e fadiga.

Apesar de serem doenças autolimitadas, que duram de 5 a 7 dias, os sintomas dos resfriados geram grande desconforto e têm forte impacto nas atividades diárias dos doentes, sendo a primeira causa de absenteísmo escolar e ao trabalho no mundo.  O tratamento é sintomático, sendo a hidratação muito importante. Antitérmicos, analgésicos, descongestionantes e anti-histamínicos são amplamente utilizados para aliviar a sintomatologia dos resfriados.
Muitas pessoas usam medicamentos de venda livre, popularmente conhecidos como ‘antigripais’, os quais foram reclassificados pela Anvisa como medicamentos para o “tratamento sintomático da gripe”. Esses medicamentos contêm associações de até quatro fármacos: analgésicos/anti-inflamatórios + descongestionantes sistêmicos + anti-histamínicos + estimulante (cafeína).  Os medicamentos que contiverem vasoconstritores sistêmicos de uso oral ou tópico nasal estão sujeitos à apresentação de prescrição médica.
Existem diversas especialidades farmacêuticas registradas na Anvisa com essa denominação, e o fato de que grande parte desse produtos é isenta de prescrição médica, o fácil acesso a esses medicamentos leva a prática da automedicação. Pensando na promoção do uso racional de medicamentos e considerando que os resfriados são doenças benignas, surge a pergunta: esses medicamentos são realmente eficazes?
Há uma Revisão Sistemática Cochrane, feita a partir de 27 estudos, com 5.117 pacientes, com o objetivo de avaliar a eficácia das combinações de descongestionante, analgésico e anti-histamínico na redução da duração e alívio dos sintomas do resfriado comum em adultos e crianças. Os autores concluíram que, apesar de escassos, os dados disponíveis sobre a eficácia das combinações para o tratamento sintomático da gripe mostram que há algum benefício geral para adultos e crianças mais velhas. No entanto, deve-se fazer um balanço entre os benefícios e o risco de eventos adversos, já que muitas pessoas experimentam reações adversas como sonolência, boca seca, insônia e tontura. A eficácia de cada agente isoladamente não foi avaliada nessa revisão.
Os autores  acrescentam que, em crianças pequenas, essas combinações não devem ser usadas, uma vez que não há nenhuma evidência da eficácia e que são potencialmente perigosas para essa faixa etária. Isto significa que as combinações testadas podem ser utilizadas em adultos e crianças mais velhas, a fim de melhorar os sintomas gerais do resfriado comum.
Confira a revisão sistemática Oral antihistamine-decongestant-analgesic combinations for the common cold, na íntegra, clicando aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

Fontes:
-  De Sutter An IM, van Driel Mieke L, Kumar Anna A, Lesslar Olivia, Skrt Alja. Oral antihistamine-decongestant-analgesic combinations for the common cold. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 4, Art. No. CD004976. DOI: 10.1002/14651858.CD004976.pub2. Disponível em: http://www.bireme.br/php/index.php . Acesso em: 04 jul. 2014.
- DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.º 40, de 26 de fevereiro de 2003. Disponível em: http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/LEG_NORMA_PESQ_CONSULTA.CFM  . Acesso em: 04 jul. 2014.

16 de jun. de 2014

Alteração no expediente no CIM-RS em função dos jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre

    Informamos que não haverá atendimento no CIM-RS nos dias 18 e 25 de junho de 2014. Nestas datas o expediente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi suspenso em razão da realização de jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre.
    No dia 19 de junho de 2014, quinta-feira, feriado de Corpus Christi, também não haverá atendimento no CIM-RS.
    Nos outros dias o centro mantém o atendimento, ainda em horário reduzido, das 8:00 às 12:00 horas.


Equipe CIM-RS.

23 de mai. de 2014

Medicamentos citotóxicos por via oral

Cada vez mais a via oral é utilizada para administrar medicamentos citotóxicos como terapia antineoplásica (capecitabina, melfalano, temozolomida). Desde o final de 2013, os planos de saúde estão obrigados a fornecer os medicamentos antineoplásicos para tratamento por via oral para uso em domicílio. Outras enfermidades, por vezes, também são tratadas com fármacos citotóxicos, como artrite reumatoide (metotrexato) e anemia falciforme (hidroxiuréia).
    Os agentes citotóxicos orais, assim como aqueles administrados por via parenteral, também apresentam reações adversas importantes e risco associado a erros de medicação. Estes medicamentos podem ter esquemas de administração bastante específicos, com doses semanais ou em ciclos, e como são muito tóxicos, pequenos equívocos na sua administração podem acarretar graves consequências.
    Em virtude dos riscos associados, é muito importante que os profissionais de saúde compreendam a forma de utilização dos agentes citotóxicos orais, as suas potenciais reações adversas e como minimizar erros de medicação, para que os pacientes recebam as orientações corretas.
    O artigo sobre uso seguro de medicamentos citotóxicos, intitulado Safe use of oral cytotoxic medicines, do boletim Australian Prescriber, apresenta orientações para a prescrição e dispensação seguras desses medicamentos, e sugere pontos importantes para a orientação adequada para o seu uso correto. Confira o artigo na íntegra clicando aqui.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS.

9 de mai. de 2014

Pergunte ao CIM-RS: A função dos adjuvantes

   O conceito classicamente usado para definir medicamentos é de que são produtos tecnicamente elaborados, com a finalidade de diagnosticar, prevenir, curar doenças ou então aliviar sintomas e, também modificar determinados estados fisiológicos. Além do princípio ativo, outros componentes chamados adjuvantes ou excipientes, são necessários para viabilizar a fabricação, facilitar a administração ou manter a estabilidade do medicamento. Os adjuvantes são substâncias auxiliares, sem ação farmacológica própria, mas que podem interferir na liberação do fármaco a partir da forma farmacêutica.

   Na postagem do dia 29 de novembro de 2013, apresentamos, na Seção Pergunte ao CIM-RS, os diferentes tipos de comprimidos. Os adjuvantes tem muitas funções nas formas farmacêuticas, fazendo com que dissolvam mais rápido, que resistam ao pH do estômago, que liberem o fármaco lentamente, entre outras.

   Uma vez que os excipientes, ou adjuvantes, podem modificar a liberação de fármacos a partir das formas farmacêuticas, eles podem também interferir na farmacocinética.  Diferenças de biodisponibilidade serão observadas para um mesmo princípio ativo ao se variar a via de administração, a forma ou a fórmula farmacêutica. Até mesmo a modificação da tecnologia de fabricação do medicamento pode alterar a biodisponibilidade, aumentando, reduzindo ou eliminando a atividade do medicamento, ou ainda, promovendo o surgimento de efeitos colaterais ou tóxicos.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS

Fontes:
SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R. Cuidados com os Medicamentos. 5. ed. ver. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2012.
GOMES, M.S.V.M.; REIS, A.M.M. Ciências Farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2000. 

28 de abr. de 2014

Vacina contra o HPV: eficaz e segura?

A campanha de vacinação contra o HPV do Ministério da Saúde, realizada de 10 de março a 10 de abril de 2014, vacinou mais de 3 milhões de meninas de 11 a 13 anos, número que corresponde a 83% da meta estabelecida que é aplicar a vacina em 4,1 milhões de adolescentes nessa faixa etária até o final do ano. Em 2015 serão vacinadas adolescentes entre 9 e 11 anos e a partir de 2016 passam a ser imunizadas as meninas que completam 9 anos.

No entanto, algumas dúvidas quanto à eficácia da vacina são levantadas, uma vez que cerca de 80% das infecções por HPV é assintomática e auto-resolutiva, regredindo espontaneamente, sem desenvolver infecção com potencial para evoluir para o câncer. Além disso, já existe uma estratégia de prevenção contra o câncer de colo de útero representada pelo rastreamento de Papanicolaou, exame citopatológico que permite a detecção de formas precursoras do câncer antes que a doença se desenvolva. Ainda que a eficácia da vacina seja endossada pelo Ministério da Saúde, a vacinação não substitui a realização do exame preventivo.

Nesse contexto, a equipe do Telessaúde RS, um núcleo técnico-científico de qualificação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) por meio da oferta de teleconsultorias,  realizou uma avaliaçãocrítica sobre a vacina do HPV. O resultado dessa avaliação aponta que ainda não existem informações sobre a redução de mortalidade por câncer de colo de útero decorrente da aplicação da vacina, uma vez que a doença tem evolução muito lenta e os estudos não tiveram duração suficiente para demonstrar tais resultados. A avaliação crítica ainda aborda a segurança da vacina, considerando os eventos adversos relatados e a falta de informações sobre os benefícios da vacina em termos de proteção contra o câncer e sugere aguardar resultados de análises independentes de estudos mais bem delineados e realizados em locais onde a vacina está implantada há mais tempo.

A avaliação crítica sobre a vacina do HPV pode ser conferida na íntegra clicando aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

Fontes:
- PORTAL BRASIL. Vacina contra HPV está disponível nos postos de saúde. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/04/vacina-contra-hpv-esta-disponivel-nos-postos-de-saude. Acesso em: 24 abr. 2014.
- CASTRO FILHO, E.D. Avaliação Crítica da Vacina do HPV. Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico do Rio Grande do Sul – TelessaúdeRS. Disponível em: file:///C:/Users/REC004/Downloads/Vacina%20HPV_TelessaudeRS%20(1).pdf. Acesso em: 24 abr. 2014.
- Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde – BRATS. Câncer de colo de útero: a vacina para prevenção do HPV e o desafio para a melhoria da qualidade do rastreamento no Brasil. Ano VI nº 17 | Dezembro de 2011.

9 de abr. de 2014

Vacina contra o HPV

O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra o vírus HPV no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos desde 10 de março de 2014 e, a partir de 2015, será ofertada também para meninas de 9 e 10 anos. Cada menina deve receber três doses da vacina contra o HPV. Após a primeira dose, a segunda deverá ocorrer em seis meses. E a terceira, que serve como reforço, cinco anos após a primeira. Ela é indicada para mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus.
A vacina contra HPV distribuída gratuitamente no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, sendo que este é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama.
Desde o início da campanha de vacinação no Brasil foram registrados casos de reações adversas graves, manifestadas por convulsões, em meninas que receberam a vacina contra o HPV no Rio Grande do Sul. Embora o Ministério da Saúde garanta que a vacina é segura, tais ocorrências acabam por gerar dúvidas quanto ao perfil de segurança desse insumo. Nesse contexto o Pergunte ao CIM-RS responde: Existem informações disponíveis sobre a segurançade uso da vacina contra o HPV? Confira a resposta clicando aqui.
Como complemento a resposta, sugerimos a leitura do material elaborado pela  e do artigo sobre os relatos de reações adversas à vacina após 2,5 anos de comercialização nos Estados Unidos, Postlicensure Safety Surveillance for Quadrivalent Human Papillomavirus Recombinant Vaccine, de Slade e colaboradores

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

 




Fontes:

- Blog da Saúde. Ministério da Saúde recebe primeiro lote da vacina contra HPV. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/programasecampanhas/33490-ministerio-da-saude-recebe-primeiro-lote-da-vacina-contra-hpv. Acesso em: 31 mar. 2014.

- G1 Rio Grande do Sul . Ministério fará investigação 'rigorosa' de reações à vacina anti-HPV no RS.  Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/03/ministerio-fara-investigacao-rigorosa-de-reacoes-vacina-anti-hpv-no-rs.html. Acesso em: 31 mar. 2014.


3 de abr. de 2014

Portal Saúde Baseada em Evidências do Ministério da Saúde

Portal Saúde Baseada em Evidências é uma ferramenta que contribui para aprimorar o exercício dos trabalhadores da saúde democratizando as condições de acesso, nas suas áreas de atuação, a conteúdos que os ajudarão a atender com mais qualidade os usuários do SUS.
O portal é uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que disponibiliza aos profissionais de saúde acesso rápido e fácil a conteúdos e evidências científicas devidamente revisadas e referenciadas. São 13 bases disponíveis, dentre as quais estão:
- Micromedex®: Fonte de evidência clínica que auxilia os farmacêuticos e outros profissionais de saúde com informações baseadas em evidências quando e onde for necessário, para melhorar a qualidade e segurança do paciente. Inclui recomendações clinicamente consistentes sobre drogasposologiainterações medicamentosasdoençastoxicologia e muito mais.
- Bulário Eletrônico: Desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para facilitar o acesso rápido e gratuito da população em geral e do profissional de saúde a bulas de medicamentos. Atualmente, há bulas de mais de 600 medicamentos para consulta. 
- Best Practice – British Medical Journal: base de dados em prática médica que fornece informações sobre testes diagnósticos (inclusive diferenciais) e diretrizes terapêuticas;


É preciso se cadastrar para ter acesso ao portal. Para isso, basta seguir os passos:

1º Passo - Acesse http://periodicos.saude.gov.br e clique em “Acesse aqui os periódicos”.
2º Passo - No menu “Perfil” escolha a opção “Profissional”.
3º Passo - No menu “USUÁRIO QUE NÃO POSSUI ACESSO” (canto inferior esquerdo da página) clique em “Cadastro de novo usuário”.
4º Passo - Na próxima etapa no menu “Conselhos”, você deverá selecionar a sigla do seu Conselho Federal de Classe. Na sequência, é necessário informar sua “UF” (Unidade da Federação), seu Número de Registro Profissional no campo “Número”, e Data de Nascimento. Preenchidos esses campos, clique em “Avançar”.
 5º Passo - Após a realização do 4º passo, abrirá a tela “ACESSO AO SISTEMA – PROFISSIONAL”. As informações que você forneceu nas etapas anteriores aparecerão na tela. Para completar o cadastro, preencha os campos: “E-mail”, “Senha” e “Confirmar senha”. Para finalizar o cadastro, clique em “Gravar”.
 6º Passo - Agora que seu cadastro já foi realizado não precisa repetir todos os passos na próxima vez que acessar o Portal. Basta selecionar a opção "CFF" (em "Conselhos"), digitar a UF e sua senha.


Equipe CIM-RS

10 de mar. de 2014

Alteração no horário de funcionamento do CIM-RS

Informamos aos nossos usuários que, a partir de hoje, 10 de março de 2014, o Centro de Informações sobre Medicamentos do Rio Grande do Sul terá seu horário de atendimento externo temporariamente reduzido, com expediente das 8:00 às 12:00 horas, de segundas a sextas-feiras.

Alertamos que, com a redução do horário de funcionamento, o envio das respostas às solicitações não terá a mesma agilidade, podendo o prazo estender-se por tempo maior que o usual.

As solicitações podem continuar sendo encaminhadas por e-mail em qualquer horário, que serão atendidas o mais breve possível. No entanto, solicitações por telefone serão recebidas no turno na manhã e eventualmente à tarde.

Contamos com sua compreensão.

Equipe CIM-RS

28 de fev. de 2014

Prezado(a) Usuário(a) do CIM-RS

Informamos que não haverá expediente nos dias 03 e 04 de março.

Voltaremos ao funcionamento normal na quarta-feira, dia 05 de março.

Bom carnaval a todos(a)!

Atenciosamente,

CIM-RS

21 de fev. de 2014

Uso Racional de Corticosteroides Tópicos
Alergias, dermatites, picadas de insetos e queimaduras solares, são alguns dos problemas de pele comuns no verão cujos sintomas desagradáveis, como dor, ardência, prurido, vermelhidão e calor local, são capazes de atrapalhar a diversão durante as férias de verão. Contudo, quando tais problemas já estão instalados, o alívio dos sintomas para garantir o bem-estar dos pacientes pode requerer tratamento farmacológico.
O poder anti-inflamatório, as ações imunossupressoras e antiproliferativas e a atividade vasoconstritora faz dos corticosteroides os fármacos mais utilizados em terapia tópica. São muitas as condições dermatológicas que respondem ao uso de um corticosteroide tópico. Porém, o sucesso do tratamento inicia com diagnóstico do problema dermatológico e prossegue com a aplicação do fármaco correto, no veículo mais apropriado, durante o tempo necessário.
Os corticosteroides tópicos são classificados por sua potência, devido principalmente à sua capacidade de produzir vasoconstrição. Existem diversas opções de produtos farmacêuticos desenvolvidos para minimizar os efeitos adversos e aumentar eficácia desses fármacos. Assim, a mesma molécula terá efeitos diferentes, dependendo do veículo em que for administrada, já que veículos oleosos têm maior poder oclusivo favorecendo a hidratação da pele e a absorção de fármacos.  A idade do paciente, a localização e a extensão da área afetada são outros fatores importantes para a decisão do medicamento a ser utilizado.
O uso incorreto ou de doses elevadas pode levar a ocorrência de efeitos sistêmicos, sendo que idosos e crianças são particularmente suscetíveis. Se usados corretamente, os efeitos adversos dos corticosteroides tópicos são, geralmente, mínimos.
A edição de outubro de 2013 do boletim Australian Prescriber apresenta os fatores essenciais para o Uso Racional de Corticosteroides Tópicos, informando acerca da influência do veículo na potência do medicamento, cuidados com populações especiais, crianças, idosos e gestantes, além de apresentar as classificações de potência dos fármacos mais utilizados. Confira o boletim na íntegra, clicando aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS


Fontes:
- DORNELLES, S.I.T.; BAGESTEIRO, I.B.; DORNELLES, M.A. Fundamentos de terapêutica Tópica. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
- CARLOS, G.; URIBE, P.;
FERNÁNDEZ-PEÑAS, P. Rational use of topical corticosteroids. Australian Prescriber; v.36:158–61; 2013.

11 de fev. de 2014

Medicamentos em combinação contendo paracetamol com dose acima de 325mg: recomendações da FDA

A ANVISA publicou, em 24 de janeiro de 2014, um informe sobre a prescrição de medicamentos que contém paracetamol em combinação com outros medicamentos, em razão de uma recomendação da agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA).
A FDA recomenda que os profissionais de saúde não prescrevam ou dispensem medicamentos contendo paracetamol em dose acima de 325mg em associação a outros fármacos. De acordo com o comunicado, as informações disponíveis não apresentam evidências de que doses acima de 325mg de paracetamol forneçam benefícios adicionais que compensem o risco de lesão hepática. A intenção é que a limitação da quantidade de paracetamol reduza o risco de lesão hepática grave por sobredosagem inadvertida. Já que o medicamento é vendido sem a necessidade de receita médica, alguns usuários podem fazer uso de vários medicamentos que contém paracetamol sem saber e, assim, exceder a dose máxima diária de 4 gramas.
A ANVISA informa que fará uma avaliação do risco sanitário no banco de dados do sistema de notificação de eventos adversos a medicamentos, mas que, neste momento, os pacientes devem continuar tomando seus medicamentos conforme as indicações de seus profissionais de saúde.

Para acessar o informe na íntegra, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS
ATENÇÃO AO NOVO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO CIM-RS

No período de 10/02 a 21/02, o CIM-RS estará atendendo nos seguintes horários:
  • Segunda a quinta-feira das 13 às 17 horas
  • Sexta-feira das 08 às 12 horas

Lembramos que, fora desse horário, as solicitações de informação podem ser encaminhadas pelo email: cimrsfar@ufrgs.br

Agradecemos a compreensão
Equipe CIM-RS

10 de fev. de 2014

Horário funcionamento CIM-RS 10-02-2014

Informamos que no dia de hoje (10-02-2014), excepcionalmente o CIM-RS irá encerrar expediente as 15h.

4 de fev. de 2014

Contraceptivos hormonais

A anticoncepção hormonal é tema relevante, seja pelo número de pessoas que a empregam no mundo inteiro, ou pelo tempo de uso, já que muitas mulheres utilizam métodos hormonais por mais de 30 anos. A escolha do método mais adequado deve considerar as condições individuais de cada mulher incluindo perfil clínico, social, psicológico e cultural, e a conveniência, que é fundamental para a adesão ao método. O médico deve discutir os benefícios e as limitações de cada método anticoncepcional disponível, levando em consideração aspectos particulares de cada mulher, como idade e doenças associadas, além das condições e estilo de vida. Ao considerar também as vantagens não contraceptivas, o método escolhido pode, ainda, tratar ou prevenir doenças além de evitar uma gravidez.
Mesmo que a terapia de contracepção hormonal seja um método eficaz, com reduzido índice de falhas, ainda há um elevado número de gravidezes indesejadas pelo uso inadequado. O uso correto e a adesão da paciente ao tratamento são fundamentais para eficácia dos métodos hormonais.
Estes medicamentos são constituídos de um estrógeno, o etinilestradiol, e de um progestogênio. De acordo com a concentração de etinilestradiol e o tipo de progestogênio, podem ser classificados em gerações (1ª, 2ª ou 3ª). Como são eficazes e convenientes, os contraceptivos hormonais orais são usados durante longos períodos. Em função disso, os efeitos colaterais e as complicações decorrentes do uso prolongado desses medicamentos são objeto de estudo constante. O risco de trombose venosa profunda é sabidamente maior em usuárias de contraceptivos hormonais do que em mulheres que não fazem uso do método. Dados observacionais com contraceptivos de primeira e segunda gerações, em maiores doses, demonstraram pequeno, porém significativo, risco de infarto agudo do miocárdio e trombose venosa profunda, particularmente em mulheres tabagistas. O risco entre as usuárias varia conforme o tipo de progestogênio e diminui com a redução da dose de etinilestradiol para menos de 50µg. O uso de drospirenona, um progestogênio, está associado a maior risco de desenvolvimento de coágulos, e foi tema no Blog do CIM-RS em abril de 2012. (Para conferir a postagem, clique aqui).
Para saber mais sobre o risco de trombose decorrente do uso de contraceptivos hormonais orais, bem como a classificação, orientações de uso e contraindicações, recomendamos a leitura do Boletim intitulado Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais, publicado em 2011, clicando aqui.
Boa Leitura
Equipe CIM-RS


Fontes:
- OPPERMANN, K.; OPPERMANN, M.L.R. Planejamento Reprodutivo. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

- LUBIANCA, J. N., WANNMACHER, L. Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais. Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados, nº 10, 2011.

28 de jan. de 2014

Pergunte ao CIM-RS: acidentes com mães d’água

No verão, com o maior número de pessoas frequentando o litoral, os acidentes com mães d’água são bastante comuns. Esses animais, pertencentes ao filo dos cnidários ou celenterados, têm seu corpo constituído por 95% de água, o que dificulta a sua visualização pelos banhistas, principalmente nas águas turvas do litoral gaúcho. Além disso, as altas temperaturas da estação são favoráveis a sua proliferação. As espécies mais comuns no Brasil são Physalia physalis (caravelas), Chiropsalmus quadrumanus, Tamoya haplonena, Cyanea sp. (medusas ou águas-vivas).
As reações desagradáveis, que incluem dor e ardência similares a uma queimadura, iniciam imediatamente após o contato com os tentáculos desses invertebrados. Os tentáculos contém células que armazenam o veneno urticante das mães d’água e estão inseridos em torno da cavidade oral, com a função de capturar presas.  
A gravidade da “queimadura” depende da extensão do contato. Quanto maior a área lesada, mais fortes as reações, que podem ter efeitos sistêmicos, desde náuseas, febre e dor de cabeça, até reações mais graves, como arritmias cardíacas. Nesses casos deve-se procurar atendimento médico.
As recomendações populares para o alívio dos sintomas são variadas: lavar com água doce ou com água do mar, aplicar vinagre, urina, ou pasta de dentes, e também esfregar areia no local atingido. No "Pergunte ao CIM-RS" desta semana, a questão é “Como tratar as lesões causadas por acidentes com mães d´água?” Para saber qual é resposta para essa pergunta, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS


Fontes:
- DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências.
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
- POISINDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em:
http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 10 jan. 2014.

27 de jan. de 2014

Aviso

Informamos aos nossos usuários que, nesta segunda-feira, 27 de janeiro, o CIM-RS funcionará somente até às 16 horas.

Gratos pela compreensão.
Equipe CIM-RS

23 de jan. de 2014

Terapias-alvo moleculares no tratamento do câncer

O avanço da ciência em novas tecnologias e abordagens terapêuticas tem proporcionado aos pacientes oncológicos maiores possibilidades de cura e de melhora na qualidade de vida, que frequentemente é abalada pelo tratamento agressivo ou pela progressão da doença.
Os quimioterápicos utilizados na terapia antineoplásica convencional, em geral, agem impedindo a divisão das células tumorais, causando danos nas moléculas de DNA e/ou RNA. Como estas moléculas regulam a multiplicação de todas as células humanas, os agentes quimioterápicos atuam de forma não específica, estendendo sua ação também às células sadias. As células de crescimento rápido, como as das mucosas gastrintestinais, de folículos capilares e do sistema imunológico, são particularmente suscetíveis a esses fármacos, e isso explica grande parte dos efeitos adversos desse tipo de tratamento, incluindo náuseas, vômitos, queda de cabelo e maior risco de infecções.
Ao interferir no metabolismo celular pela interação com moléculas chave para a proliferação das células cancerígenas, a terapia-alvo revolucionou o tratamento do câncer ao direcionar a ação dos medicamentos exclusivamente, ou quase exclusivamente, às células tumorais. Assim, o tratamento apresenta menos reações adversas e melhores resultados.
Esta forma de terapia é uma das mais pesquisadas nos estudos clínicos realizados atualmente na área da oncologia. A procura por um alvo celular específico que possa ser atingido por um determinado medicamento é a principal base para o desenvolvimento de terapias contra os mais diversos tipos de câncer, com a intenção de aumentar a precisão do tratamento e reduzir a ocorrência e a gravidade das reações adversas.
Para conhecer os principais medicamentos antineoplásicos desenvolvidos para atingir um alvo específico, recomendamos a leitura do boletim Australian Prescriber sobre terapias-alvo “Molecular mechanisms and clinical use of targeted anticancer drugs. Para conferir o boletim na íntegra, clique aqui. Todos os fármacos citados no boletim, exceto o crizotinibe, estão registrados na Anvisa como medicamentos e são comercializados no Brasil.

Boa leitura
Equipe CIM-RS

14 de jan. de 2014

Betacaroteno e bronzeado

Mesmo com as fortes recomendações para o uso de fotoprotetores tópicos e campanhas para a prevenção do câncer de pele, a estética do verão é exibir uma pele bronzeada.

O bronzeado é resultado de um mecanismo de proteção parcial da pele contra a radiação solar: a produção de melanina. Quando agredida por intensa luz solar, a pele defende-se produzindo quantidades maiores de melanina, tornando-se mais escura. A melanina é um filtro solar natural capaz de absorver a radiação que atinge a pele, porém insuficiente para conferir proteção total. Como a quantidade de melanina e sua distribuição no corpo dependem de fatores individuais e raciais, esse mecanismo de proteção da pele varia muito de pessoa para pessoa.

É comum nessa época do ano o uso de alimentos ou suplementos para estimular a cor bronzeada da pele. A maior parte desses ativos é considerada alimentos funcionais, também chamados fotoprotetores orais. Enquanto os protetores solares tópicos atuam pela reflexão e absorção da radiação incidente, evitando que ela atinja a pele, os fotoprotetores orais atuam em nível celular ou molecular após a incidência da radiação solar na pele, reduzindo os danos assim gerados. As substâncias mais conhecidas para essa finalidade são as vitaminas C e E, os carotenoides, polifenóis, extrato de Polypodium leucotomos, probióticos e os ácidos graxos essenciais.

É importante ressaltar que as medidas de proteção solar recomendadas para evitar o câncer de pele devem ser sempre utilizadas. Os fotoprotetores orais não devem ser utilizados como garantia de proteção à exposição solar, e não são substitutos dos fotoprotetores tópicos nem da proteção mecânica. A recomendação do uso desses produtos deve ser preferencialmente feita pelo dermatologista, que orientará quais os ativos mais adequados, a posologia e o tempo de uso, conforme as necessidades e características do paciente.

O betacaroteno é extensamente utilizado para estimular a cor bronzeada da pele, mas como ele pode proteger a pele da radiação solar? Existem diferenças entre os carotenoides? O pergunte ao CIM-RS dessa semana responde a essas perguntas, para conferir a resposta clique aqui.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS.

Fontes:
-          CONTRI,R.V.; GUTERRES, S.S. A fotoproteção da pele. In: SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R. Cuidados com os Medicamentos. 5. ed. ver. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2012.

-          SCHALKA, S.; STEINER,D. Consenso Brasileiro de Fotoproteção. Fotoproteção no Brasil – Recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Dermatologia –SBD, 2013.

10 de jan. de 2014

Alteração no horário de atendimento do Centro

Informamos aos nossos usuários que, em virtude da alteração no horário de funcionamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Portaria n° 8090, de 12 de dezembro de 2013), no período compreendido entre 10/01/2014 e 21/02/2013, o CIM-RS modificará o horário de atendimento.  Às segundas-feiras atenderemos das 12:00h às 17:00h, e às sextas-feiras, das 8:00h às 14:00h. Nos demais dias da semana o atendimento segue os horários habituais.

Fora do horário de atendimento, os usuários podem encaminhar suas dúvidas por e-mail que responderemos o mais breve possível.


Equipe CIM-RS

6 de jan. de 2014

Ajuste de Dose em Pacientes Obesos

Atualmente, a obesidade é considerada um problema de saúde global. Estima-se que em 2030 mais de 50% da população mundial sofrerá de obesidade ou sobrepeso. Com relação ao uso de medicamentos, é importante considerar que pacientes obesos possuem alterações de parâmetros farmacocinéticos, o que pode fazer com que as doses da terapia convencional não sejam adequadas para eles. Além disso, pacientes obesos são normalmente excluídos de ensaios clínicos, havendo uma escassez de informação sobre a farmacocinética nesses pacientes.
Os parâmetros farmacocinéticos mais comumente afetados pelas mudanças fisiológicas decorrentes da obesidade são a distribuição, a ligação a proteínas plasmáticas e a eliminação do fármaco. É descrito que indivíduos obesos apresentam volume sanguíneo aumentado, maior débito cardíaco, diminuição da atividade pulmonar, e menor perfusão tecidual. A utilização de uma dose incorreta em um paciente obeso pode levar tanto ao fracasso terapêutico como à toxicidade. Assim, um ajuste de dose pode ser necessário nesses pacientes.Entretanto, as informações disponíveis sobre ajuste de doses são comumente contraditórias. Por exemplo, alguns autores propõem que obesos apresentam um aumento da filtração glomerular, enquanto outros sugerem que esses pacientes apresentam esclerose glomerular, o que leva a efeito contrário.
Apesar de muitas informações serem controversas, já existem revisões sistemáticas que estabelecem recomendações específicas com relação à dose de alguns medicamentos. Para algumas classes terapêuticas, os pacientes obesos requerem doses acima e, para outras, abaixo do padrão. Ou seja, o ajuste de dose em função do peso não pode ser generalizado para todos os fármacos.
Para saber quais os medicamentos que merecem atenção e as recomendações quanto ao seu ajuste de dose em obesos, recomendamos a leitura da edição do Boletim de Informação Terapêutica da Catalunha “Dosificación de fármacos en pacientes obesos”.
Boa leitura,
Equipe do CIM-RS.
FONTE:

Martínez, E.F.G.; Amengol, P.R.; Fabre, N.S. Dosificación de fármacos en pacientes obesos. Butlletí d’informació terapèutica del Departament de Salut de la Generalitat de Catalunya. Vol. 24, núm. 4. 2013. Disponível em: http://www20.gencat.cat/docs/canalsalut/Minisite/Medicaments/Professionals/Butlletins/Boletin_Informacion_Terapeutica/Documents/Arxius/BIT_v24_n04e.pdf