23 de jan. de 2014

Terapias-alvo moleculares no tratamento do câncer

O avanço da ciência em novas tecnologias e abordagens terapêuticas tem proporcionado aos pacientes oncológicos maiores possibilidades de cura e de melhora na qualidade de vida, que frequentemente é abalada pelo tratamento agressivo ou pela progressão da doença.
Os quimioterápicos utilizados na terapia antineoplásica convencional, em geral, agem impedindo a divisão das células tumorais, causando danos nas moléculas de DNA e/ou RNA. Como estas moléculas regulam a multiplicação de todas as células humanas, os agentes quimioterápicos atuam de forma não específica, estendendo sua ação também às células sadias. As células de crescimento rápido, como as das mucosas gastrintestinais, de folículos capilares e do sistema imunológico, são particularmente suscetíveis a esses fármacos, e isso explica grande parte dos efeitos adversos desse tipo de tratamento, incluindo náuseas, vômitos, queda de cabelo e maior risco de infecções.
Ao interferir no metabolismo celular pela interação com moléculas chave para a proliferação das células cancerígenas, a terapia-alvo revolucionou o tratamento do câncer ao direcionar a ação dos medicamentos exclusivamente, ou quase exclusivamente, às células tumorais. Assim, o tratamento apresenta menos reações adversas e melhores resultados.
Esta forma de terapia é uma das mais pesquisadas nos estudos clínicos realizados atualmente na área da oncologia. A procura por um alvo celular específico que possa ser atingido por um determinado medicamento é a principal base para o desenvolvimento de terapias contra os mais diversos tipos de câncer, com a intenção de aumentar a precisão do tratamento e reduzir a ocorrência e a gravidade das reações adversas.
Para conhecer os principais medicamentos antineoplásicos desenvolvidos para atingir um alvo específico, recomendamos a leitura do boletim Australian Prescriber sobre terapias-alvo “Molecular mechanisms and clinical use of targeted anticancer drugs. Para conferir o boletim na íntegra, clique aqui. Todos os fármacos citados no boletim, exceto o crizotinibe, estão registrados na Anvisa como medicamentos e são comercializados no Brasil.

Boa leitura
Equipe CIM-RS

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