O avanço da ciência em novas
tecnologias e abordagens terapêuticas tem proporcionado aos pacientes
oncológicos maiores possibilidades de cura e de melhora na qualidade de vida,
que frequentemente é abalada pelo tratamento agressivo ou pela progressão da doença.
Os quimioterápicos utilizados na
terapia antineoplásica convencional, em geral, agem impedindo a divisão das
células tumorais, causando danos nas moléculas de DNA e/ou RNA. Como estas moléculas
regulam a multiplicação de todas as células humanas, os agentes quimioterápicos
atuam de forma não específica, estendendo sua ação também às células sadias. As
células de crescimento rápido, como as das mucosas gastrintestinais, de
folículos capilares e do sistema imunológico, são particularmente suscetíveis a
esses fármacos, e isso explica grande parte dos efeitos adversos desse tipo de
tratamento, incluindo náuseas, vômitos, queda de cabelo e maior risco de
infecções.
Ao interferir no metabolismo
celular pela interação com moléculas chave para a proliferação das células
cancerígenas, a terapia-alvo revolucionou o tratamento do câncer ao direcionar
a ação dos medicamentos exclusivamente, ou quase exclusivamente, às células
tumorais. Assim, o tratamento apresenta menos reações adversas e melhores
resultados.
Esta forma de terapia é uma das
mais pesquisadas nos estudos clínicos realizados atualmente na área da
oncologia. A procura por um alvo celular específico que possa ser atingido por
um determinado medicamento é a principal base para o desenvolvimento de terapias
contra os mais diversos tipos de câncer, com a intenção de aumentar a precisão
do tratamento e reduzir a ocorrência e a gravidade das reações adversas.
Para conhecer os principais
medicamentos antineoplásicos desenvolvidos para atingir um alvo específico,
recomendamos a leitura do boletim Australian
Prescriber sobre terapias-alvo “Molecular mechanisms and clinical use of
targeted anticancer drugs”.
Para conferir o boletim na íntegra, clique aqui. Todos os fármacos citados no boletim, exceto o
crizotinibe, estão registrados na Anvisa como medicamentos e são
comercializados no Brasil.
Boa leitura
Equipe CIM-RS
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