O sol é o fator
ambiental com maior importância para a pele. E com a chegada do verão, os
efeitos do sol sobre a pele tornam-se ainda mais relevantes. A radiação
ultravioleta é a que apresenta maior efeito biológico sendo a causadora da
maior parte dos danos decorrentes do sol, como a queimadura solar, o
fotoenvelhecimento e o câncer da pele. A ação cumulativa da radiação
ultravioleta (UV) sobre a pele desprotegida resulta em um processo complexo associado
a reações químicas e morfológicas. A absorção da radiação UV pelo DNA celular
pode resultar em mutações que, com o passar do tempo, podem resultar em
transformações malignas dando origem ao câncer de pele. Dados epidemiológicos mostram elevada incidência do câncer de pele
na população brasileira, sendo o mais frequente entre todos os tipos de câncer,
representando cerca de 25% do total.
A Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD) lançou, em novembro de 2013, o Primeiro Consenso Brasileiro
de Fotoproteção como uma tentativa de alinhar as recomendações de fotoproteção
com as características ambientais e populacionais brasileiras. Até então eram
incorporadas recomendações de países, como EUA, com características de
insolação e de tipo de pele da população muito diferentes das brasileiras. No
Consenso a SBD afirma que não existe medida fotoprotetora que, de forma
isolada, garanta fotoproteção total. Por isso recomenda a combinação do maior
número possível de medidas como estratégia mais correta. Outros hábitos, como
evitar a exposição ao sol no período entre 10 e 15 horas, o uso de chapéus,
bonés e óculos de sol, bem como de sombras naturais ou artificiais são
recomendados e estimulados.
O uso de protetores solares é
fortemente recomendado pela SBD como medida de proteção solar e prevenção do
câncer da pele. O fator de proteção solar (FPS) é a referência para a escolha
do produto. A SBD recomenda o uso de protetores solares de FPS 30, no mínimo,
com preferência para os que possuem proteção contra raios UVA, além de UVB.
Outra recomendação importante
feita pela SBD é com relação à quantidade de protetor solar aplicado na pele. Para
garantir quantidade suficiente de produto, a SBD recomenda aplicar o protetor
solar duas vezes ou usar a“regra da colher de chá”. Além dos cremes e loções, Outras formas de
apresentação de protetores solares, como géis e aerossóis, também requerem
técnica de aplicação correta para obter fotoproteção adequada.
Para conferir essas e outras
recomendações, acesse o Consenso
Brasileiro de Fotoproteção, clicando aqui,
e descubra como funciona a “regra da colher de chá” para a aplicação do
protetor solar e veja quais são as recomendações específicas para gestantes e
crianças.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS