27 de dez. de 2013

Funcionamento do CIM-RS

Informamos que não haverá expediente no CIM-RS nos dias 31/12/2013 e 01/01/2014.


Desejamos a todos um 2014 repleto de realizações! Feliz Ano Novo!

Equipe CIM-RS

26 de dez. de 2013

Descarte de Medicamentos

O descarte de medicamentos vencidos ainda é realizado, em sua maior parte, no lixo domiciliar e no vaso sanitário. Em razão desse descarte inadequado, cresce, a cada dia, a preocupação com a destinação adequada de medicamentos vencidos, como medida de proteção da população e do meio ambiente. Cada vez mais são desenvolvidas campanhas para o recolhimento de medicamentos vencidos e para promoção de seu uso racional.
Em farmácias, drogaria ou em ambiente hospitalar, os medicamentos vencidos ou não utilizados são considerados resíduos de saúde e sua destinação final é regulamentada pelos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. O Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) já está bem estabelecido e é uma exigência da Vigilância Sanitária para o funcionamento desses estabelecimentos. Entretanto, mesmo com os avanços na legislação sobre o gerenciamento dos resíduos produzidos nos serviços de saúde, os processos de tratamento e disposição final dos resíduos não estão claramente definidos. Esta falta de definição acaba gerando dúvidas quanto a melhor maneira de descartar determinados tipos de medicamentos. Nesse contexto, o Pergunte ao CIM-RS dessa semana responde: “Qual a melhor forma para descartarantimicrobianos injetáveis?”. Confira a resposta clicando aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS.

19 de dez. de 2013

Expediente do CIM-RS no Natal

Informamos que não haverá expediente no CIM-RS nos dias 24 e 25 de dezembro de 2013.

Um Feliz Natal a todos!
Equipe CIM-RS

Fotoproteção: mais atenção com a pele no verão


O sol é o fator ambiental com maior importância para a pele. E com a chegada do verão, os efeitos do sol sobre a pele tornam-se ainda mais relevantes. A radiação ultravioleta é a que apresenta maior efeito biológico sendo a causadora da maior parte dos danos decorrentes do sol, como a queimadura solar, o fotoenvelhecimento e o câncer da pele. A ação cumulativa da radiação ultravioleta (UV) sobre a pele desprotegida resulta em um processo complexo associado a reações químicas e morfológicas. A absorção da radiação UV pelo DNA celular pode resultar em mutações que, com o passar do tempo, podem resultar em transformações malignas dando origem ao câncer de pele. Dados epidemiológicos mostram elevada incidência do câncer de pele na população brasileira, sendo o mais frequente entre todos os tipos de câncer, representando cerca de 25% do total.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou, em novembro de 2013, o Primeiro Consenso Brasileiro de Fotoproteção como uma tentativa de alinhar as recomendações de fotoproteção com as características ambientais e populacionais brasileiras. Até então eram incorporadas recomendações de países, como EUA, com características de insolação e de tipo de pele da população muito diferentes das brasileiras. No Consenso a SBD afirma que não existe medida fotoprotetora que, de forma isolada, garanta fotoproteção total. Por isso recomenda a combinação do maior número possível de medidas como estratégia mais correta. Outros hábitos, como evitar a exposição ao sol no período entre 10 e 15 horas, o uso de chapéus, bonés e óculos de sol, bem como de sombras naturais ou artificiais são recomendados e estimulados.
O uso de protetores solares é fortemente recomendado pela SBD como medida de proteção solar e prevenção do câncer da pele. O fator de proteção solar (FPS) é a referência para a escolha do produto. A SBD recomenda o uso de protetores solares de FPS 30, no mínimo, com preferência para os que possuem proteção contra raios UVA, além de UVB.
Outra recomendação importante feita pela SBD é com relação à quantidade de protetor solar aplicado na pele. Para garantir quantidade suficiente de produto, a SBD recomenda aplicar o protetor solar duas vezes ou usar a“regra da colher de chá”.  Além dos cremes e loções, Outras formas de apresentação de protetores solares, como géis e aerossóis, também requerem técnica de aplicação correta para obter fotoproteção adequada.

Para conferir essas e outras recomendações, acesse o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, clicando aqui, e descubra como funciona a “regra da colher de chá” para a aplicação do protetor solar e veja quais são as recomendações específicas para gestantes e crianças.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

10 de dez. de 2013

Aviso

Informamos que na quarta e quinta-feira dessa semana (dias 11 e 12 de dezembro), a equipe do CIM-RS estará reduzida, podendo haver atraso no envio das respostas.

Contamos com sua compreensão.

Atenciosamente,

Equipe CIM-RS.

Polimedicação em Idosos

A polipatologia, muito comum em idosos, está intimamente relacionada ao uso de vários medicamentos ao mesmo tempo para tratar condições clínicas coexistentes. A polimedicação ou polifarmácia é conceituada como o uso de vários medicamentos de forma concomitante, e muitos autores usam o termo para o uso de 5 medicamentos ou mais dentro de um mesmo período. Quanto mais medicamentos um paciente utilizar, maior é o risco de efeitos adversos e interações. Assim, a polifarmácia pode gerar prescrições inapropriadas que se associam com a aparição de efeitos adversos, hospitalizações e mau uso dos recursos.

Com o objetivo de solucionar os problemas trazidos pela polifarmácia em idosos, uma revisão Cochrane de 2013 mostrou que intervenções farmacêuticas, com descontinuação de medicamentos considerados inapropriados, tiveram um impacto positivo no uso da polimedicação, levando à redução da prescrição inapropriada e de problemas relacionados com medicamentos. Porém, a melhora clínica quanto à redução de hospitalizações e efeitos adversos é incerta. Houve uma heterogeneidade de resultados nessa revisão, provavelmente devido à utilização de diferentes ferramentas para a intervenção farmacêutica em cada estudo.

De acordo com edição do Boletim Terapêutico Andaluz publicada em 2012, as ferramentas que facilitam a identificação de prescrição inapropriada em idosos e que podem melhorar a segurança desses pacientes incluem os critérios de Beers, os critérios MAI, e os critérios Stopp, entre outros. Os critérios Stopp (Screening Tool of Older Person’s potentially inappropriate Prescriptions), por exemplo, consistem em 65 indicadores de prescrições potencialmente inapropriadas em idosos. Um desses indicadores de prescrição inapropriada é o uso de antiinflamatórios não-esteróides em pacientes com hipertensão moderada a grave, que pode agravar a hipertensão. Outro exemplo é a utilização de antiagregantes plaquetários, como ácido acetilsalicílico em doses maiores de 150 mg, que aumenta o risco de hemorragia. Para essas e outras situações são dadas recomendações, com foco nos casos em que os medicamentos devem ser evitados.

Para saber mais sobre esses indicadores e as recomendações, acesse o Boletim “Detección de medicación inapropiada em personas mayores: critérios Stopp”, clicando aqui. Para uma leitura a respeito do uso da polifarmácia em idosos, acesse a revisão “Interventions to improve the appropriate use of polypharmacy for older people”, clicando aqui.

Boa leitura,

Equipe CIM-RS.

5 de dez. de 2013

Metformina para ovário policístico

   


A metformina é hipoglicemiante de primeira escolha para o tratamento de obesos com diabetes tipo 2, nos quais a resistência à insulina é o fator preponderante.  O fármaco também vem sendo usado para o tratamento da síndrome do ovário policístico.

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma endocrinopatia que afeta 5 a 10% da população feminina em idade reprodutiva, cujas características mais importantes são anovulação e hiperandrogenismo. A SOP é causa comum de infertilidade e se manifesta por hirsutismo, obesidade e virilização. Em 50% dos casos as pacientes tem amenorréia e 30% têm sangramentos uterinos anormais. Além disso, pacientes com SOP apresentam resistência à insulina e hiperinsulinemia, e por esse motivo possuem risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2.

Perda de peso e  algumas mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios,  são capazes de melhorar a ovulação em pacientes com SOP. Entretanto, quando as medidas não farmacológicas não são suficientes ou as pacientes não respondem à terapia tradicional com clomifeno, alguns fármacos, como metformina e pioglitazona, podem ser utilizados para reduzir a hiperinsulinemia e a hiperandrogenemia. Os agentes sensibilizadores de insulina, principalmente a metformina, são considerados, em alguns países, primeira linha de tratamento para mulheres com SOP e podem retomar a regularidade da ovulação e dos ciclos menstruais.
Nesse contexto o Pergunte ao CIM-RS dessa semana responde Qual o mecanismo de ação da metformina para o tratamento da síndrome de ovário policístico?”. Para conferir a resposta, clique aqui

Para entender mais sobre a Síndrome do Ovário Policístico e o uso de hipoglicemiantes em seu tratamento, sugerimos ainda o seguinte vídeo:


Fontes:
- Evidence-based lifestyle and pharmacological management of infertility in women with polycystic ovary syndrome. Costello MF, Ledger WL. Womens Health (Lond Engl). 2012 May;8(3):277-90.
- MCPHEE, S.; PAPADAKIS, M. (Ed.) CMDT – Current Medical Diagnosis e Treatment. 53 ed. New York: McGrawHill, 2014. Disponível em: www.accessmedicine.com.

- HOFFMAN, B.L. Williams Gynecology. 2 ed. New York : McGraw-Hill Medical, 2012. Disponível em: www.accessmedicine.com