21 de dez. de 2015

Horário de atendimento do CIM/RS

Informamos aos nossos usuários que na semana do Natal e do Ano Novo haverá expediente nos dias 21, 22, 23 e 28, 29, 30 de dezembro, das 08 às 12 horas.

As dúvidas poderão ser encaminhadas para cimrs@farmacia.ufrgs.br
Agradecemos a compreensão.
Desejamos um Feliz Natal e próspero Ano Novo!

18 de dez. de 2015

Antieméticos na gestação



A gestação é frequentemente acompanhada de episódios de náuseas e vômitos, esses eventos costumam ocorrer no primeiro trimestre de gestação e é estimado que afetem entre 50 e 80% das mulheres grávidas. Podem afetar negativamente aspectos da qualidade de vida da mulher, incluindo a sua vida social e familiar. Tratamentos não farmacológicos e farmacológicos para o manejo dessas condições incluem mudanças na dieta, acupuntura, inalação de óleos essenciais, uso de gengibre, vitamina B6, anti-histamínicos, antagonistas da dopamina, entre outros.  A pergunta da semana que o CIM-RS responde é “Qual é o melhor antiemético para uso em gestantes, baseado em evidências científicas? ”, para ler a resposta, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS

  Se você é profissional da saúde e tem dúvidas, pergunte ao CIM-RS.
            Fone/Fax: (51) 3308 5281

            Email: cimrs@farmacia.ufrgs.br

Referências:
1. Matthews A, Haas DM, O'Mathúna DP, Dowswell T. Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. Cochrane Database of Systematic Reviews 2015, Issue 9. Art. No.: CD007575. DOI: 10.1002/14651858.CD007575.pub4
2. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Como lidar com náuseas e vômitos na gestação: recomendação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: http://www.febrasgo.org.br/site/wp-content/uploads/2013/05/guia-nauseas.pdf. Acesso em: 03 dez. 2015.
3. Lee NM, Saha S. Nausea and Vomiting of Pregnancy. Gastroenterol Clin North Am. 2011 June ; 40(2): 309–vii. doi:10.1016/j.gtc.2011.03.009.




25 de nov. de 2015

Funcionamento do Centro dia 27/11/15

Informamos que o CIM-RS funcionará dia 27/11 entre 13h e 17h, excepcionalmente.
Agradecemos a compreensão.

Atenciosamente, 
Equipe CIM-RS

29 de out. de 2015

Saiba um pouco mais sobre revisões sistemáticas

A revisão sistemática é um método que visa à síntese de evidências de estudos primários através de uma abordagem sistemática, auxiliando o profissional na tomada de decisão clínica sobre uma determinada questão. Tem por objetivo localizar, avaliar criticamente e interpretar todos os estudos disponíveis para uma questão específica. Por se tratar de método explícito, sistemático e rigoroso para identificar, selecionar e avaliar os estudos e a qualidade das evidências, as revisões sistemáticas apresentam vantagens em relação às revisões tradicionais. Em algumas revisões sistemáticas é possível combinar os estudos por meio de análise estatística (denominada metanálise), fornecendo uma estimativa mais precisa da magnitude do efeito do que aquela que está disponível em estudos individuais.
O Ministério da Saúde publicou manuais que abordam as principais etapas necessárias para a elaboração e condução de uma revisão sistemática de qualidade. Os documentos também podem servir para os profissionais que desejam fazer uma leitura crítica de revisões sistemáticas. Acesse as seguintes publicações sobre o assunto:
- Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados
- Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais comparativos sobre fatores de risco e prognóstico http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_metodologicas_fatores_risco_prognostico.pdf

REFERÊNCIAS:
1.       Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Dicionário de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Disponível em: http://www.iats.com.br/dicionario.pdf. Acesso em: 25 set. 2015.
2.       HIGGINS, J. P. T.; GREEN, S. (Ed.). Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.0.2. The Cochrane Collaboration, 2009. Disponível em: http://www.cochrane.org/resources/handbook. Acesso em: 24 out. 2010.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS

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28 de out. de 2015

Funcionamento do CIM-RS nos dias 30/10 e 02/11

Informamos aos nossos usuários que não haverá atendimento no CIM-RS nos dias 30 de outubro e 02 de novembro do corrente ano, em virtude do dia do Servidor Público  e do feriado de Finados.

As dúvidas poderão ser encaminhadas por e-mail.
Agradecemos a compreensão.

Atenciosamente,
Equipe CIM-RS

19 de out. de 2015

Funcionamento do Centro dia 20/10/2015

Informamos que o CIM-RS não funcionará amanhã (20/10) pelo fato da equipe estar em evento externo promovido pela universidade.
Agradecemos a compreensão.

Atenciosamente, 
Equipe CIM-RS

14 de out. de 2015

Vitamina C: mitos e verdades


O ácido ascórbico é a forma funcional e principal de vitamina C in vivo, desempenhando função antioxidante e exercendo papel na síntese de colágeno e reparação de tecidos. Nos EUA, a única indicação aprovada pelo FDA é no tratamento da deficiência de vitamina C (escorbuto). No Brasil, os usos indicados pelos fabricantes incluem o tratamento e prevenção do escorbuto, tratamento da meteglobinemia, como auxiliar do sistema imunológico e na suplementação de vitamina C em processos cicatriciais.
Nos países industrializados, a deficiência de vitamina C está geralmente associada ao consumo de poucas frutas e vegetais, dietas peculiares ou restritas e alto consumo de álcool ou de drogas.
A ingestão diária recomendada para adultos é de cerca de 30 a 100 mg de vitamina C, embora exista uma grande variação nas necessidades individuais. O ácido ascórbico é rapidamente absorvido após administração oral. Entretanto, a absorção envolve um processo ativo e pode ser limitado após a administração de doses elevadas. Com ingestão habitual de ácido ascórbico (30-180 mg por dia), cerca de 70-90% da quantidade de vitamina ingerida é absorvida. Em doses superiores a 1 g por dia, a absorção diminui para cerca de 50% ou menos.
Um dos usos mais populares e controversos da vitamina C é para a prevenção e tratamento do resfriado. A maioria das evidências sugere que megadoses dessa vitamina não têm efeitos clinicamente importantes sobre a incidência do resfriado comum. Entretanto, o seu uso pode ser útil para alguns grupos de pessoas, como aquelas expostas a breves períodos de exercício físico intenso.  Para ler mais sobre o assunto, particularmente sobre mitos e verdades acerca do uso da vitamina C, acesse aqui o material do Cebrim sobre Uso Racional da Vitamina C.

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Referências:
  1. MCEVOY, G. K. (Ed.) AHFS Drug Information. Bethesda: ASPH. Disponível em: http://www.ahfsdruginformation.com/. Acesso em: 08 out. 2015.
  2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Bulário eletrônico. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/BularioEletronico/. Acesso em: 09 out. 2015.
  3. SWEETMAN S. (Ed), Martindale: the complete drug reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, Greenwood Village, Colorado: Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch.  Acesso em: 08 out. 2015.
  4. HEMILÄ H, CHALKER E, DOUGLAS B. Vitamin C for preventing and treating the common cold. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 11, Art. No. CD000980. 2010. DOI: 10.1002/14651858.CD000980.pub1.

6 de out. de 2015

Cartilagem de tubarão como tratamento da dor?

Na busca por terapias alternativas ao uso dos tradicionais medicamentos alopáticos, diversas pessoas recorrem ao uso de suplementos e produtos de origem natural como forma de tratar ou aliviar os sintomas de algumas doenças. Nesse contexto, a cartilagem de tubarão é largamente utilizada como um recurso no tratamento de doenças ósseas e articulares, sendo osteoartrite, osteoporose e artrose algumas das indicações de uso por parte dos fabricantes, os quais alegam efeitos benéficos do produto na redução da dor, na manutenção dos ossos e na flexibilidade das articulações.
O tratamento da osteoartrite é direcionado principalmente para aliviar a dor e melhorar o estado funcional. Várias opções de tratamento estão disponíveis, incluindo analgésicos orais, géis e cremes de uso local, terapias intra-articulares, terapias não-farmacológicas, como fisioterapia e estimulação elétrica transcutânea e ainda cirurgia. No entanto, muitos tratamentos têm seu uso limitado devido aos seus efeitos colaterais e eficácia limitada (Singh, 2015).
A cartilagem de tubarão é composta por uma mistura de glicosaminoglicanos, principalmente o sulfato de condroitina, que poderia ser auxiliar no tratamento da osteoartrite. Apesar do custo desse produto, ele é muitas vezes utilizado em detrimento de terapias com medicamentos que apresentam evidências científicas de efetividade para doenças ósseas.
Uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (Singh, 2015), os quais foram majoritariamente classificados como tendo baixa qualidade metodológica, revela que a condroitina (sozinha ou em combinação com glicosamina) é melhor do que o placebo na melhoria da dor em participantes com osteoartrite, a curto prazo (até 6 meses). Benefício clínico de pequeno a moderado é observado através da redução na escala da dor nos pacientes utilizando condroitina. Em estudos com mais de 6 meses, não há certeza sobre a redução da dor em comparação com placebo. Os autores da revisão concluíram que mais estudos de boa qualidade são necessários para explorar o papel da condroitina no tratamento da osteoartrite.
Outra revisão sistemática recente (Wandel, 2010) mostrou que glicosamina, condroitina e sua combinação não resultam em uma redução relevante da dor nas articulações.
A pergunta da semana que o CIM-RS responde é “Existe alguma evidência sobre o uso de cartilagem de tubarão em pó para alívio da dor? ” Para ler a resposta, clique aqui.


Texto elaborado por Márcia Nunes da Silva.
Revisado por Tatiane da Silva Dal Pizzol e Clarissa Ruaro Xavier

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Referências:
  1. Krinsky, D.L. et al. Natural Therapeutics Pocket Guide. 2. ed. Hudson: Lexi-Comp, 2003.
  2. Kowalski, S.C.; Sjenzfeld, V.L.; Ferraz, M.B. Utilização de recursos e custos em osteoporose. Rev Assoc Med Bras 2001; 47(4).
  3. Wandel S., Juni P., Tendal B., Nuesch E., Villiger P.M., Welton N.J. et al. Effects of glucosamine, chondroitin, or placebo in patients with osteoarthritis of hip or knee: network meta-analysis. BMJ 2010; 341:c4675.
  4. Singh Jasvinder A, Noorbaloochi Shahrzad, MacDonald Roderick, Maxwell Lara J. Chondroitin for osteoarthritis. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 8, Art. No. CD005614. DOI: 10.1002/14651858.CD005614.pub1


25 de set. de 2015

Dicionário de avaliação de tecnologias em saúde



Tecnologia em saúde é a aplicação do conhecimento e habilidades organizados na forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida 1.
Avaliação das tecnologias em saúde (ATS) é a avaliação sistemática das propriedades, efeitos e/ou impactos da tecnologia em saúde. É um processo multidisciplinar para avaliar as questões sociais, econômicas, organizacionais e éticas de uma intervenção de saúde ou de tecnologias em saúde. O principal objetivo da realização de uma ATS é subsidiar as decisões políticas quanto ao impacto da tecnologia em saúde 2.

O Instituto de Avaliação de Tecnologias em Saúde (IATS) recentemente compôs o Dicionário de ATS, o qual tem como objetivo harmonizar a terminologia utilizada nesse jovem segmento. Além da simples descrição do significado das palavras, o leitor encontrará uma breve explicação contextual, envolvendo conceito do termo e buscando promover o entendimento sobre sua utilidade e aplicação 3. O documento pode ser acessado aqui.


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Referências:

  1. Organização Mundial da Saúde. Health topics: Technology, Health. Disponível em: http://www.who.int/topics/technology_medical/en/. Acesso em: 25 set. 2015.
  2. Organização Mundial da Saúde. Medical devices: Health technology assessment. Disponível em: http://www.who.int/medical_devices/assessment/en/. Acesso em: 25 set. 2015.
  3. Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Dicionário de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Disponível em: http://www.iats.com.br/dicionario.pdf. Acesso em: 25 set. 2015.

17 de set. de 2015

Comprimidos sulcados e não sulcados: quando podemos partir?



A partição de compridos é um procedimento comumente praticado por leigos e, esporadicamente, pelos profissionais de saúde. Os motivos que levam à divisão de comprimidos incluem a necessidade de ajuste da dose, a facilidade de deglutição dos comprimidos partidos e a economia financeira. Entretanto, o processo de partição é impreciso, levando frequentemente à obtenção de partes de tamanho desigual e perda de parte da massa do comprimido. Dessa forma, a partição de comprimidos pode afetar a dose da medicação e, consequentemente, a resposta terapêutica.
A precisão na divisão dos comprimidos é influenciada pelo seu tamanho, forma, dureza, método de divisão e habilidade humana.
A recomendação geral é evitar a partição de comprimidos não sulcados ou comprimidos revestidos de liberação entérica ou de liberação sustentada.
Normalmente, é possível partir comprimidos sulcados de liberação imediata ou que não contenham fármacos de índice terapêutico estreito. Quando for possível partir o medicamento, é preferível usar um aparelho específico para esse uso. Entretanto, ainda assim, as partes obtidas podem não ser uniformes.
Nos EUA, a FDA introduziu o conceito de sulco funcional para aqueles comprimidos sulcados em que o fabricante testou a capacidade do comprimido de originar subdivisões uniformes aceitáveis, atendendo a critérios de qualidade determinados previamente. Essa é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a avaliar criticamente se o medicamento pode ou não ser dividido.
A ANVISA descreve que a prática de partir comprimidos é útil quando permite a dose correta ao paciente, mas é imprescindível que o médico, farmacêutico e o paciente estejam de acordo. Esses profissionais podem ajudar os pacientes informando se a partição do comprimido é uma escolha viável para as medicações prescritas. As recomendações da ANVISA podem ser lidas na íntegra aqui.
Boletim do CEBRIM/CFF sobre a partição de comprimidos pode ser lido aqui.

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Referências bibliográficas:
  1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Perguntas frequentes: Partição de Comprimido. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Perguntas+Frequentes/Medicamentos/2d88e58040506f38a8e4a889c90d54b4. Acesso em: 10 set. 2015.
  2. Verrue et al. Tablet-splitting: a common yet not so innocent practice. Journal of Advanced Nursing 2011; 67(1), 26–32.
  3. Elliot et al. The practice and clinical implications of tablet splitting in international health. Tropical Medicine and International Health 2014; 19 (7), 754–760.
  4. Food and Drug Administration - Center for Drug Evaluation and Research. Guidance for Industry Tablet Scoring: Nomenclature, Labeling, and Data for Evaluation. USA. 2013 March. 5p.

15 de set. de 2015

Funcionamento do Centro dia 18/09/15

Informamos aos nossos usuários que o atendimento no CIM-RS no dia 18/09/15 ocorrerá excepcionalmente à tarde, entre 13h30min e 17h30min.

Atenciosamente,
Equipe CIM-RS

4 de set. de 2015

Os suplementos de ferro são intercambiáveis?



A anemia consiste na redução dos níveis de hemoglobina sérica, como resultado da deficiência nos estoques de ferro no organismo. A anemia afeta aproximadamente 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a OMS. A anemia por deficiência de ferro é a mais comum, correspondendo a 80% de todos os casos diagnosticados. Além do tratamento da anemia pela reposição dos estoques de ferro, é de fundamental importância conhecer e tratar a causa da anemia.
A via preferencial de reposição de ferro é a oral e a dose terapêutica recomendada é de 2 a 6 mg/kg/dia por período suficiente para normalizar os valores da hemoglobina e restaurar os estoques normais de ferro. Não é recomendada a administração de doses diárias superiores a 200 mg, pois a mucosa intestinal atua como barreira, impedindo a absorção do ferro.
Diversos suplementos estão disponíveis comercialmente e a quantidade de ferro elementar de cada composto varia amplamente. Entretanto, no Brasil, o sulfato ferroso é o composto disponível para o tratamento e prevenção da deficiência de ferro em quase a totalidade dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Nesse sentido, o CIM-RS responde a seguinte questão: “Glicinato férrico e ferro polimaltosado podem ser utilizados com a mesma finalidade que sulfato ferroso, ou seja tratamento de anemia?” Para ler a resposta, clique aqui.

1.    DRUGDEX Consults® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 13 mai. 2015.
2.    DISEASEDEX System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch . Acesso em: 13 mai. 2015.
3.    Cançado RD, Lobo C, Friedrich JR. Tratamento da anemia ferropriva com ferro por via oral. Rev Bras Hematol Hemoter 2010; 32(Supl. 2):114-120.
4.    Cançado RD. Tratamento da anemia ferropênica: alternativas ao sulfato ferroso. Rev Bras Hematol Hemoter 2009; 31(3):121-122.      

Boa leitura!
Equipe CIM-RS.

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Fone/Fax:(51) 3308 5281
E-mail: cimrs@farmacia.ufrgs.br 

20 de jul. de 2015

Regras aprovadas para importação do Canabidiol


A norma descrita na RDC 17/2015 que trata dos critérios e procedimentos para importação de produtos à base de canabidiol, por pessoas físicas, para uso próprio foi aprovada pela Diretoria Colegiada da Agência em 22 de abril e publicada no Diário Oficial da União em 8 de maio. As regras para importação de Canabidiol começaram a valer em 07 de julho. Dessa forma, os pacientes brasileiros terão acesso a produtos à base de Canabidiol, mesmo não havendo registro desse produto como medicamento no Brasil. Para ter acesso, o paciente deverá realizar um cadastro eletrônico válido por um ano, que deverá ser renovado após esse prazo. O cadastramento será realizado mediante apresentação de um Formulário para Importação, laudo de profissional legalmente habilitado, prescrição do produto pelo profissional e uma Declaração de Responsabilidade e Esclarecimento.
O cadastramento é realizado através do link.
A apresentação feita em reunião pública da Anvisa, sobre a proposta de RDC, está disponível aqui

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Fontes:

      1.   BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br Acesso em:  11 jul. 2015.

10 de jul. de 2015

Uso prolongado de inibidores da bomba de prótons e risco de deficiência de Vitamina B12

Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) constituem uma das classes de medicamentos mais prescritas no mundo, pois combinam um alto nível de eficácia com baixa toxicidade. Sua eficácia no tratamento de doenças relacionadas à acidez gástrica e a diversidade de formulações genéricas disponíveis para venda levam a um aumento do consumo e prescrições.1

Esses medicamentos suprimem a secreção de ácido gástrico por meio de inibição específica da enzima H+/K+- ATPase, reduzindo em até 95% a produção diária de ácido gástrico, sendo bem tolerados.2


A vitamina B12 é importante para a formação e maturação das hemácias, além de ser necessária para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso. Sua principal fonte são os alimentos de origem animal. No entanto, para absorvê-la, o corpo depende de fatores intrínsecos presentes em um tipo especial de células que ficam no estômago (células parietais). Em casos de deficiência de vitamina B12, pode ocorrer anemia, acompanhada ou não por dificuldade de locomoção, formigamentos nas mãos, pés e pernas, palidez, fraqueza muscular, infertilidade, demência, dentre outros sintomas.

Todavia, como a ingestão de vitamina B12 é ligada a proteína e sua liberação a partir de alimentos é facilitada pela presença de ácido gástrico, há uma preocupação de que a terapia com IBP possa resultar em má-absorção de vitamina B12, o que gera dúvidas sobre a segurança do uso contínuo desses medicamentos.

Um estudo de revisão publicado na Opinion in Gastroenterology (Dez/2012) revelou uma significativa  diminuição da absorção de vitamina B12 em pacientes sob uso crônico de omeprazol.A preocupação se torna maior em pacientes idosos, desnutridos  e com o uso continuado dessa classe de medicamento .Dessa forma, destaca-se a  importância de uma dieta alimentar rica em vitaminas, evitando a possível deficiência.3

Um outro estudo caso controle  realizado na Califórnia em 2011 e divulgado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA) comparou pacientes com deficiência de Vitamina B12 com pacientes sem esse transtorno, mostrando que pessoas que tomaram omeprazol por mais de 2 anos tinham 65% mais chances de ter níveis baixos de vitamina B12. Deve-se destacar que essa associação foi mais significativa em mulheres e com idade menor que 30 anos, diminuindo após a interrupção do uso.4

Esses dados apontam para a importância da monitorização pelos profissionais de saúde em relação a potenciais complicações clínicas da deficiência de vitamina B12 associada ao uso do omeprazol, uma vez que pode passar despercebida e é facilmente corrigida.  Recomenda-se então a monitorização dos níveis dessa vitamina e a administração desse fármaco apenas com prescrição médica e acompanhamento de um profissional de saúde, além de manter uma alimentação saudável, rica em vit. B12; presente em alimentos de origem animal, especialmente  peixes de águas frias e profundas, como salmão, truta e atum, fígado, carne de porco, leite e derivados, ovos e ostras.5


Confira o estudo de caso controle na integra clicando aqui.

Texto produzido pela acadêmica Danielli Forgiarini e revisado pela bolsita Bruna Pires e profa Tatiane da Silva Dal Pizzol.



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Fontes:

      3.   Proton pump inhibitors: potential adverse effects.Abraham NS. Curr Opin Gastroenterol. 2012 Nov;28(6):615-20. doi: 10.1097/MOG.0b013e328358d5b9. Review
      5.   Disponível em: http://europepmc.org/abstract/med/10369631