No verão, com o maior número de
pessoas frequentando o litoral, os acidentes com mães d’água são bastante
comuns. Esses animais, pertencentes ao filo dos cnidários ou celenterados, têm
seu corpo constituído por 95% de água, o que dificulta a sua visualização pelos
banhistas, principalmente nas águas turvas do litoral gaúcho. Além disso, as altas
temperaturas da estação são favoráveis a sua proliferação. As espécies mais
comuns no Brasil são Physalia physalis
(caravelas), Chiropsalmus quadrumanus,
Tamoya haplonena, Cyanea sp. (medusas ou águas-vivas).
As reações desagradáveis, que
incluem dor e ardência similares a uma queimadura, iniciam imediatamente após o
contato com os tentáculos desses invertebrados. Os tentáculos contém células
que armazenam o veneno urticante das mães d’água e estão inseridos em torno da
cavidade oral, com a função de capturar presas.
A gravidade da “queimadura”
depende da extensão do contato. Quanto maior a área lesada, mais fortes as
reações, que podem ter efeitos sistêmicos, desde náuseas, febre e dor de cabeça,
até reações mais graves, como arritmias cardíacas. Nesses casos deve-se
procurar atendimento médico.
As recomendações populares para o
alívio dos sintomas são variadas: lavar com água doce ou com água do mar,
aplicar vinagre, urina, ou pasta de dentes, e também esfregar areia no local atingido.
No "Pergunte ao CIM-RS" desta semana, a questão é “Como tratar as lesões causadas por acidentes com mães d´água?” Para saber qual é resposta para
essa pergunta, clique aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS- DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
- POISINDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em: http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 10 jan. 2014.
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