O conceito classicamente usado para definir medicamentos é de que são
produtos tecnicamente elaborados, com a finalidade de diagnosticar, prevenir,
curar doenças ou então aliviar sintomas e, também modificar determinados
estados fisiológicos. Além do princípio ativo, outros componentes chamados
adjuvantes ou excipientes, são necessários para viabilizar a fabricação,
facilitar a administração ou manter a estabilidade do medicamento. Os
adjuvantes são substâncias auxiliares, sem ação farmacológica própria, mas que
podem interferir na liberação do fármaco a partir da forma farmacêutica.
Na postagem do dia 29 de novembro
de 2013, apresentamos, na Seção Pergunte ao CIM-RS, os diferentes tipos de
comprimidos. Os adjuvantes tem muitas funções nas formas farmacêuticas, fazendo
com que dissolvam mais rápido, que resistam ao pH do estômago, que liberem o
fármaco lentamente, entre outras.
Uma vez que os excipientes, ou
adjuvantes, podem modificar a liberação de fármacos a partir das formas
farmacêuticas, eles podem também interferir na farmacocinética. Diferenças de biodisponibilidade serão
observadas para um mesmo princípio ativo ao se variar a via de administração, a
forma ou a fórmula farmacêutica. Até mesmo a modificação da tecnologia de
fabricação do medicamento pode alterar a biodisponibilidade, aumentando, reduzindo
ou eliminando a atividade do medicamento, ou ainda, promovendo o surgimento de
efeitos colaterais ou tóxicos.
O Pergunte ao CIM-RS dessa semana
responde a pergunta: Medicamentos diferentes que contêm o mesmo fármaco podem apresentar intensidades de efeito diferentes dependendo da formulação? Para ler a resposta, clique aqui.
Fontes:
SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.;
PETROVICK, P. R. Cuidados com os Medicamentos. 5. ed. ver.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 2012.
GOMES, M.S.V.M.; REIS, A.M.M. Ciências
Farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu,
2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário