8 de nov. de 2012

Artrite Reumatóide




Artrite reumatóide (AR) é uma desordem auto-imune, de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva a deformidade e destruição das articulações devido à erosão da cartilagem e osso. Quando apresenta envolvimento multissistêmico a morbidade e a gravidade da doença são maiores. Estudos têm demonstrado que a superposição de fatores hormonais, ambientais, imunológicos e genéticos é determinante para o seu desenvolvimento. Diagnóstico e manejo precoces são fundamentais para modificar a evolução da enfermidade.

Com a progressão da doença, os pacientes desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades, tanto cotidianas como profissionais, com impacto socioeconômico significativo para o indivíduo e para a sociedade. Aproximadamente 50% dos indivíduos com AR ficam impossibilitados de trabalhar em 10 anos a partir do início da doença.

Os tratamentos farmacológicos são a principal terapia para os pacientes com AR ativa e objetivam induzir a remissão clínica e inibir a progressão de danos articulares estruturais e funcionais. Atualmente, existem cinco classes de medicamentos que apresentam efeitos benéficos: analgésicos, anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), corticosteroides, drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARD) – metotrexato (MTX), sulfassalazina, ciclosporina, hidroxicloroquina, cloroquina e leflunomida – e terapia alvo com agentes biológicos.

Nesse contexto, o Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS) publicou uma análise do Uso de Medicamentos Biológicos para o Tratamento da ArtriteReumatóide, no que se refere a eficácia, segurança e custo do tratamento, baseada em ensaios clínicos e meta-análises.

O ProtocoloClínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde para tratamento da AR publicado em 2006 (Portaria SCTIE nº 66 de 06 de novembro de 2006) não contempla os medicamentos  base de agentes biológicos. A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) decidiu recentemente pela incorporação, no SUS, do golimumabe, certolizumabe pegol, rituximabe, abatacepte e tocilizumabe, bem como a manutenção dos medicamentos infliximabe, adalimumabe e etanercepte, já incorporados. Esta ação está vinculada à atualização PCDT.

Para conferir o boletim na íntegra, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe do CIM-RS.

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