A
hemofilia é uma doença hemorrágica, de herança genética, caracterizada por um
defeito na coagulação sanguínea que pode levar à perda de mobilidade do
paciente. Ela se caracteriza pela deficiência quantitativa e/ou qualitativa de
Fator VIII (hemofilia A) ou de Fator IX (Hemofilia B). O tratamento profilático
repõem estes fatores no organismo, de maneira periódica e ininterrupta a longo
prazo, iniciada antes ou após ocorrência do primeiro sangramento ou hemorragia
da articulação (hemartrose) e antes dos 3 anos de idade, por período superior a
45 semanas por ano.
A
hemofilia não tem cura e a base do tratamento da doença é por meio da infusão
do concentrado de fator de coagulação deficiente. Uma das complicações mais
temíveis em pacientes com hemofilia refere-se ao aparecimento de inibidores,
que são anticorpos contra os fatores de coagulação infundidos. Neste caso, os
pacientes acometidos passam a não responder à infusão do fator deficiente e
apresentam episódios hemorrágicos de difícil controle.
Hemofílicos
assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm garantida a chamada Terapia de
Indução de Imunotolerância para o tratamento da hemofilia do tipo A. O
procedimento consiste no uso de medicamentos que eliminam os inibidores de
Fator VIII, que atua na coagulação sanguínea.
Dados
de 2011 apontam um total de 15 mil portadores da doença que recebem medicamentos
do SUS, incluindo aqueles que possuem convênios e planos de saúde ou que
recorrem ao sistema privado de saúde. Deste total de pacientes, 10.464 mil são
cadastrados como hemofílicos A e B.
Para
saber mais sobre as características da doença, o diagnóstico, complicações e o
tratamento, sugerimos a leitura do manual do Ministério da Saúde: “HemofiliaCongênita e Inibidor: Manual de Diagnóstico e Tratamento de EventosHemorrágicos”.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS
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