Prisão de ventre e intestino
preso são os nomes populares pelos quais é conhecida a constipação intestinal,
um distúrbio caracterizado pela dificuldade persistente para evacuar. Em
adultos, a constipação associa-se a outras comorbidades (doenças neurológicas,
psiquiátricas, proctológicas, endócrinas e metabólicas), ao uso de medicamentos
com propriedades anticolinérgicas, dieta pobre em fibras, hidratação
insuficiente e sedentarismo, sendo mais frequente em mulheres e idosos.
Muitas pessoas podem associar a
irregularidade intestinal como uma condição de doença por considerarem uma
defecação diária a uma condição de saúde. É preciso considerar, entretanto, que
não existe um padrão rígido para classificar a frequência normal de
funcionamento dos intestinos, que pode variar de 3 a 12 vezes por semana. Considera-se
um quadro típico de constipação, quando ocorrem duas ou menos evacuações por
semana e/ou o esforço para evacuar é grande demais e pouco produtivo. O uso de
laxantes facilmente se torna um hábito, pois após uma evacuação promovida por
laxantes, podem passar-se vários dias sem evacuar. Assim o paciente acredita
que está com prisão de ventre e volta a automedicar-se.
Embora
somente uma pequena parcela dos indivíduos afetados procure atendimento médico,
os custos de tratamento de constipação chegam a centenas de milhões de dólares
por ano despendidos somente com laxativos de venda sem prescrição médica. Alternativas
não farmacológicas para evitar e amenizar o quadro de constipação, como a
ingestão regular de fibras e líquidos e a prática de exercícios físicos devem
ser consideradas. Outras pessoas podem ainda preferir a administração de
produtos de origem vegetal, por acreditarem que, por serem de origem natural,
causam menos riscos a saúde. Nesse contexto, o “Pergunte ao CIM-RS” dessa
semana traz a questão: “Quais as implicações do uso prolongado do chá de sene?”.
Para conferir a resposta, clique aqui.
Como
complemento, sugerimos a leitura do boletim AustralianPrescriber sobre o manejo da constipação em adultos que apresenta
informações sobre os tipos de laxantes e as situações em que seu uso é adequado.
O boletim Managing constipation in adults, pode ser conferido na íntegra
clicando aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS
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