
Desde os anos 60, tem sido sugerido que o cálcio teria um efeito protetor em alguns fatores de risco cardiovascular como colesterol, pressão arterial ou peso. No entanto, estudos recentes têm levantado dúvidas sobre a segurança dos suplementos de cálcio a este respeito. Com o objetivo de apresentar dados sobre o risco cardiovascular de uso suplementos de cálcio e contrastá-los com os de sua eficácia para a prevenção de fraturas, foi realizada uma revisão dos estudos e revisões sistemáticas publicadas sobre o tema. O resultado desse trabalho foi apresentado no Boletín de Información Terapéutica de Navarra, intitulado Suplementos de calcio: ¿lo estamos haciendobien?. As conclusões do autor referem que o uso de suplementos de cálcio pode aumentar o risco cardiovascular. Uma metanálise de Mao PJ et al, concluiu que a suplementação de cálcio pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares maiores, infarto do miocárdio e AVC quando comparados a placebo nestes pacientes. De acordo com a análise de subgrupos, os homens parecem ter mais efeitos prejudiciais com a suplementação do cálcio do que as mulheres.
Os dados disponíveis sobre a
suplementação de cálcio associada à vitamina D não são consistentes e,
portanto, não permitiram concluir se a associação também pode aumentar o risco
cardiovascular, mas que pode aumentar a incidência de cálculos renais.
Clique aqui para ler o boletim na íntegra e conferir as
considerações sobre a eficácia dos suplementos de cálcio na prevenção de
fraturas ósseas e sobre os riscos envolvidos com esse tipo de tratamento.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS
Este material foi elaborado pela
aluna de graduação em Farmácia Fabíola Misturini Dalarosa, e revisado
pelas farmacêuticas Clarissa Ruaro Xavier e Tatiane da Silva Dal Pizzol.
Fontes:
1. GARJÓN, J. Suplementos de calcio: ¿lo estamos haciendobien? Boletín de InformaciónFarmacoterapéuticade Navarra, v.20, nº 3, maio-junho 2012.
2. Effect
of calcium or vitamin D supplementation on vascular outcomes: a meta-analysis
of randomized controlled trials, Int J Cardiol. 2013
Oct 30;169(2):106-11; Mao PJ et al.