17 de mar. de 2017

QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA AFTAS?

            
Aftas são inflamações na mucosa oral, pequenas e brancas cercadas por uma área avermelhada1,2,3. As aftas não são contagiosas, mas muitas vezes são confundidas com herpes1,2
A deficiência de ácido fólico, zinco, ferro, vitaminas B1, B2, B6, B12, hábitos alimentares1,2 e tabagismo1 podem ser a causa das aftas1,2.
O diagnóstico é geralmente clínico, biópsia só é necessária quando a afecção perdurar por mais de 3 semanas3.
Apesar de serem classificadas como transtorno autolimitado, as aftas são incômodas e podem ser recorrentes em nossas vidas. Mas qual é a melhor forma de tratá-las? 
O primeiro manejo a ser realizado é a revisão dos hábitos alimentares. Havendo necessidade enxaguar com bicarbonato de sódio e colocar leite de magnésio na afecção bucal. Se essas medidas não solucionarem o problema, é recomendado o uso de medicamentos tópicos (Nesse caso interromper a ingestão de alimentos por 30-60 minutos após a administração da dose)2,3.
Lidocaína para dor e dexametasona 5% ou triancinolona 3 vezes2 ou 4 vezes por 2 semanas3 ao dia são indicados para aftas menores2.
Clobetasol 0,05% por via tópica também é indicado para aftas em adultos2.
Alguns medicamentos sistêmicos podem ser eficazes para pacientes com aftas recorrentes.Tratamento com montelucaste, prednisona, beta-glucano, Acacia eriolobae e homeopatia individualizada despontam como as melhores alternativas2.
Para quadros mais graves, cauterização com nitrato de prata é uma escolha2.
Para prevenção, recomenda-se evitar alimentos e condimentos ácidos, evitar falar quando estiver mastigando, usar fio-dental, escovar os dentes após as refeições, além de ter sono e repouso adequados2.
Evitar pasta de dente contendo lauril sulfato de sódio, mesmo que conflitante a informação, e suplementar com vitamina B12, ômegae ácido ascórbico1,2  podem reduzir a frequência e a duração das aftas2.
Para qualquer tratamento medicamentoso ou não, o CIM-RS recomenda o auxílio de um profissional da saúde.
Persistindo os sintomas após 2 semanas de tratamento, procurar auxílio médico ou odontológico.

Texto elaborado por Acadêmico Iago Christofoli

Revisado por Farm. Alexandre Sartori e Prof.ª Isabela Heineck.


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

  1. DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
  2. DYNAMED OVERVIEW. Disponível em: http://web.a.ebscohost.com/dynamed/search/basic. Acesso em: 17/03/2017.
  3. FISTERRA. Atención Primaria en la Red. Aftas bucales. Disponível em: http://www.fisterra.com/guias-clinicas/estomatitis-aftosa-recurrente/. Acesso em: 17/03/2017.

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