A dengue, um grave problema de
saúde pública no Brasil, é uma doença febril aguda, causada por um vírus
transmitido por artrópodes hematófagos, sendo o mosquito Aedes aegypti o de maior importância. Existem pelo menos quatro
tipos sorológicos distintos do vírus, designados Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4. A
infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico,
incluindo desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir
para o óbito.
Na apresentação clássica, a
primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início
abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias e dor
retroorbitária. O exantema clássico, presente em 50% dos casos, atinge face,
tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, com ou
sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre. A febre hemorrágica da
dengue, apresentação mais grave da doença, pode ser produzida por qualquer um
dos quatro sorotipos virais. A exposição prévia a vírus distintos aumenta a
possibilidade de sua ocorrência quando se é exposto a um novo sorotipo.
Não há tratamento específico para a dengue. A hidratação é fundamental
e está indicada em todos os casos, podendo ser feita por via oral (com água,
soro caseiro, água de coco) ou venosa, dependendo da fase da doença. A
medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos. Sabe-se
que o Ácido Acetil Salicílico (AAS) e seus derivados estão contraindicados porque
podem interferir no processo de coagulação agravando o quadro da doença. Nesse contexto, o “Pergunte ao CIM-RS” dessa
semana responde: “AINEs e dipironatambém estão contraindicados em dengue?”.Confira a resposta na íntegra, clicando aqui.
Para saber mais sobre o diagnóstico e manejo clínico da dengue, clique aqui e acesse publicação do Ministério da Saúde sobre o tema.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS.
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