De acordo com Duncan et al, a
rinite alérgica é a doença respiratória crônica mais prevalente, chega a
acometer 10 a 30% da população, frequentemente subdiagnosticada e subtratada. A
rinite afeta a qualidade de vida dos pacientes, pois os sintomas podem afetar o
sono e prejudicar o desempenho nas atividades diárias.
Após o contato do alérgeno com anticorpos IgE
sensibilizados ligados a mastócitos e basófilos, ocorre degranulação dessas
células e liberação de mediadores inflamatórios, sendo a histamina o principal.
Assim, os principais sintomas da rinite alérgica se devem à inflamação da
região nasal, levando à vasodilatação e produção de muco, produzindo congestão
nasal, rinorreia aquosa, lacrimejamento, prurido e reflexo de espirro. Além
disso, é comum a irritação e coceira nos olhos, garganta e ouvido. A rinite
pode ser sazonal, quando ocorre em estações específicas como a primavera,
desencadeada por alérgenos como esporos e polens, e persistente quando o
alérgeno está constantemente presente em nosso meio (ácaros, baratas, fungos e
pelos de animais).
A rinite alérgica, se não
tratada, pode levar a complicações, como asma, rinossinusite crônica, otite
média, polipose nasal e infecções respiratórias. O Boletim de Informação
Terapêutica Sacylite, da Espanha, publicou, em 2012, um texto a respeito do
tratamento mais recomendado na rinite alérgica. Indica-se, primeiramente, o
controle ambiental, procurando evitar contato com o alérgeno. Essa medida, porém,
pode não ser possível ou ser pouco eficaz, fazendo-se necessário o uso de
farmacoterapia na maioria dos casos. Como todos os sintomas são decorrentes da
inflamação, o tratamento de eleição, nos casos de rinite alérgica persistente e
moderada a grave, são os corticoides nasais. Devido ao seu lento início de
ação, os corticoides podem ser associados a anti-histamínicos H1 orais, que são
também de eleição na rinite leve e intermitente. Para saber quais fármacos são
mais adequados para tratar os sintomas dos diferentes tipos de rinite alérgica,
confira o Boletim, clicando aqui.
Boa leitura,
Equipe do CIM-RS.
Fontes:
DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.;
Medicina Ambulatorial: condutas de
atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013
DIPIRO,
J. T. et al. Pharmacotherapy: a pathophysiologic approach. 8.ed. New York:
McGrawHill, 2011.
MCPHEE, S.; PAPADAKIS, M. (Ed.) CMDT – Current Medical Diagnosis e Treatment. 48. ed. New York: McGrawHill, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário