O objetivo do uso de formas
farmacêuticas para a administração de princípios ativos é promover sua
liberação em quantidade adequada no organismo para conseguir rapidamente o
efeito terapêutico pelo tempo desejado. A magnitude e a duração da resposta
terapêutica dependem da concentração do princípio ativo no local de ação. Esta
concentração depende, entre outros fatores, da dose administrada e da
quantidade absorvida. Diferenças de biodisponibilidade serão observadas para um
mesmo princípio ativo ao se variar a via de administração ou a forma farmacêutica.
A via oral é a via de administração mais utilizada, pois é de fácil aceitação pelo paciente e as formas farmacêuticas produzidas para essa via são de fácil conservação. Os comprimidos, dependendo da composição, dos adjuvantes ou do modo de fabricação podem ser classificados em diversas categorias, como, por exemplo, os sublinguais, os efervescentes, gastrorresistentes e de liberação modificada. A modificação da tecnologia de fabricação e o emprego de determinados adjuvantes pode alterar a biodisponibilidade dos fármacos, aumentando, reduzindo ou eliminado a atividade do medicamento, ou ainda, promovendo o surgimento de reações adversas e/ou tóxicas.
Pela via oral existem duas possibilidades para a absorção dos fármacos: a mucosa bucal e o trato gastrintestinal. A maior parte dos medicamentos administrados por via oral tem um tempo de contato na boca extremamente pequeno para que ocorra uma absorção, uma vez que os comprimidos são geralmente deglutidos inteiros. A forma farmacêutica sofre dissolução no trato gastrintestinal, onde os fármacos são liberados e só então absorvidos. Por outro lado, existem os comprimidos sublinguais e as pastilhas, que são deixados na boca por um tempo mais prolongado, e a absorção ocorre após dissolução do fármaco pela saliva. Na face superior da língua, quase não ocorre uma absorção de princípios ativos, enquanto que na face inferior a presença de ramificações capilares e de uma mucosa muito delgada facilita a absorção, sendo o local de administração de fármacos pela via sublingual.
Nesse contexto, o “Pergunte ao CIM-RS” dessa semana responde: “Pode-se administrar qualquer comprimido pela via sublingual ou eles apresentam diferenciação na formulação? Qual a diferença de ação entre um sublingual e outro não sublingual?” Para conferir a resposta, clique aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS.
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