28 de fev. de 2014

Prezado(a) Usuário(a) do CIM-RS

Informamos que não haverá expediente nos dias 03 e 04 de março.

Voltaremos ao funcionamento normal na quarta-feira, dia 05 de março.

Bom carnaval a todos(a)!

Atenciosamente,

CIM-RS

21 de fev. de 2014

Uso Racional de Corticosteroides Tópicos
Alergias, dermatites, picadas de insetos e queimaduras solares, são alguns dos problemas de pele comuns no verão cujos sintomas desagradáveis, como dor, ardência, prurido, vermelhidão e calor local, são capazes de atrapalhar a diversão durante as férias de verão. Contudo, quando tais problemas já estão instalados, o alívio dos sintomas para garantir o bem-estar dos pacientes pode requerer tratamento farmacológico.
O poder anti-inflamatório, as ações imunossupressoras e antiproliferativas e a atividade vasoconstritora faz dos corticosteroides os fármacos mais utilizados em terapia tópica. São muitas as condições dermatológicas que respondem ao uso de um corticosteroide tópico. Porém, o sucesso do tratamento inicia com diagnóstico do problema dermatológico e prossegue com a aplicação do fármaco correto, no veículo mais apropriado, durante o tempo necessário.
Os corticosteroides tópicos são classificados por sua potência, devido principalmente à sua capacidade de produzir vasoconstrição. Existem diversas opções de produtos farmacêuticos desenvolvidos para minimizar os efeitos adversos e aumentar eficácia desses fármacos. Assim, a mesma molécula terá efeitos diferentes, dependendo do veículo em que for administrada, já que veículos oleosos têm maior poder oclusivo favorecendo a hidratação da pele e a absorção de fármacos.  A idade do paciente, a localização e a extensão da área afetada são outros fatores importantes para a decisão do medicamento a ser utilizado.
O uso incorreto ou de doses elevadas pode levar a ocorrência de efeitos sistêmicos, sendo que idosos e crianças são particularmente suscetíveis. Se usados corretamente, os efeitos adversos dos corticosteroides tópicos são, geralmente, mínimos.
A edição de outubro de 2013 do boletim Australian Prescriber apresenta os fatores essenciais para o Uso Racional de Corticosteroides Tópicos, informando acerca da influência do veículo na potência do medicamento, cuidados com populações especiais, crianças, idosos e gestantes, além de apresentar as classificações de potência dos fármacos mais utilizados. Confira o boletim na íntegra, clicando aqui.
Boa leitura,
Equipe CIM-RS


Fontes:
- DORNELLES, S.I.T.; BAGESTEIRO, I.B.; DORNELLES, M.A. Fundamentos de terapêutica Tópica. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
- CARLOS, G.; URIBE, P.;
FERNÁNDEZ-PEÑAS, P. Rational use of topical corticosteroids. Australian Prescriber; v.36:158–61; 2013.

11 de fev. de 2014

Medicamentos em combinação contendo paracetamol com dose acima de 325mg: recomendações da FDA

A ANVISA publicou, em 24 de janeiro de 2014, um informe sobre a prescrição de medicamentos que contém paracetamol em combinação com outros medicamentos, em razão de uma recomendação da agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA).
A FDA recomenda que os profissionais de saúde não prescrevam ou dispensem medicamentos contendo paracetamol em dose acima de 325mg em associação a outros fármacos. De acordo com o comunicado, as informações disponíveis não apresentam evidências de que doses acima de 325mg de paracetamol forneçam benefícios adicionais que compensem o risco de lesão hepática. A intenção é que a limitação da quantidade de paracetamol reduza o risco de lesão hepática grave por sobredosagem inadvertida. Já que o medicamento é vendido sem a necessidade de receita médica, alguns usuários podem fazer uso de vários medicamentos que contém paracetamol sem saber e, assim, exceder a dose máxima diária de 4 gramas.
A ANVISA informa que fará uma avaliação do risco sanitário no banco de dados do sistema de notificação de eventos adversos a medicamentos, mas que, neste momento, os pacientes devem continuar tomando seus medicamentos conforme as indicações de seus profissionais de saúde.

Para acessar o informe na íntegra, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS
ATENÇÃO AO NOVO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO CIM-RS

No período de 10/02 a 21/02, o CIM-RS estará atendendo nos seguintes horários:
  • Segunda a quinta-feira das 13 às 17 horas
  • Sexta-feira das 08 às 12 horas

Lembramos que, fora desse horário, as solicitações de informação podem ser encaminhadas pelo email: cimrsfar@ufrgs.br

Agradecemos a compreensão
Equipe CIM-RS

10 de fev. de 2014

Horário funcionamento CIM-RS 10-02-2014

Informamos que no dia de hoje (10-02-2014), excepcionalmente o CIM-RS irá encerrar expediente as 15h.

4 de fev. de 2014

Contraceptivos hormonais

A anticoncepção hormonal é tema relevante, seja pelo número de pessoas que a empregam no mundo inteiro, ou pelo tempo de uso, já que muitas mulheres utilizam métodos hormonais por mais de 30 anos. A escolha do método mais adequado deve considerar as condições individuais de cada mulher incluindo perfil clínico, social, psicológico e cultural, e a conveniência, que é fundamental para a adesão ao método. O médico deve discutir os benefícios e as limitações de cada método anticoncepcional disponível, levando em consideração aspectos particulares de cada mulher, como idade e doenças associadas, além das condições e estilo de vida. Ao considerar também as vantagens não contraceptivas, o método escolhido pode, ainda, tratar ou prevenir doenças além de evitar uma gravidez.
Mesmo que a terapia de contracepção hormonal seja um método eficaz, com reduzido índice de falhas, ainda há um elevado número de gravidezes indesejadas pelo uso inadequado. O uso correto e a adesão da paciente ao tratamento são fundamentais para eficácia dos métodos hormonais.
Estes medicamentos são constituídos de um estrógeno, o etinilestradiol, e de um progestogênio. De acordo com a concentração de etinilestradiol e o tipo de progestogênio, podem ser classificados em gerações (1ª, 2ª ou 3ª). Como são eficazes e convenientes, os contraceptivos hormonais orais são usados durante longos períodos. Em função disso, os efeitos colaterais e as complicações decorrentes do uso prolongado desses medicamentos são objeto de estudo constante. O risco de trombose venosa profunda é sabidamente maior em usuárias de contraceptivos hormonais do que em mulheres que não fazem uso do método. Dados observacionais com contraceptivos de primeira e segunda gerações, em maiores doses, demonstraram pequeno, porém significativo, risco de infarto agudo do miocárdio e trombose venosa profunda, particularmente em mulheres tabagistas. O risco entre as usuárias varia conforme o tipo de progestogênio e diminui com a redução da dose de etinilestradiol para menos de 50µg. O uso de drospirenona, um progestogênio, está associado a maior risco de desenvolvimento de coágulos, e foi tema no Blog do CIM-RS em abril de 2012. (Para conferir a postagem, clique aqui).
Para saber mais sobre o risco de trombose decorrente do uso de contraceptivos hormonais orais, bem como a classificação, orientações de uso e contraindicações, recomendamos a leitura do Boletim intitulado Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais, publicado em 2011, clicando aqui.
Boa Leitura
Equipe CIM-RS


Fontes:
- OPPERMANN, K.; OPPERMANN, M.L.R. Planejamento Reprodutivo. In: DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010 / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

- LUBIANCA, J. N., WANNMACHER, L. Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais. Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados, nº 10, 2011.

28 de jan. de 2014

Pergunte ao CIM-RS: acidentes com mães d’água

No verão, com o maior número de pessoas frequentando o litoral, os acidentes com mães d’água são bastante comuns. Esses animais, pertencentes ao filo dos cnidários ou celenterados, têm seu corpo constituído por 95% de água, o que dificulta a sua visualização pelos banhistas, principalmente nas águas turvas do litoral gaúcho. Além disso, as altas temperaturas da estação são favoráveis a sua proliferação. As espécies mais comuns no Brasil são Physalia physalis (caravelas), Chiropsalmus quadrumanus, Tamoya haplonena, Cyanea sp. (medusas ou águas-vivas).
As reações desagradáveis, que incluem dor e ardência similares a uma queimadura, iniciam imediatamente após o contato com os tentáculos desses invertebrados. Os tentáculos contém células que armazenam o veneno urticante das mães d’água e estão inseridos em torno da cavidade oral, com a função de capturar presas.  
A gravidade da “queimadura” depende da extensão do contato. Quanto maior a área lesada, mais fortes as reações, que podem ter efeitos sistêmicos, desde náuseas, febre e dor de cabeça, até reações mais graves, como arritmias cardíacas. Nesses casos deve-se procurar atendimento médico.
As recomendações populares para o alívio dos sintomas são variadas: lavar com água doce ou com água do mar, aplicar vinagre, urina, ou pasta de dentes, e também esfregar areia no local atingido. No "Pergunte ao CIM-RS" desta semana, a questão é “Como tratar as lesões causadas por acidentes com mães d´água?” Para saber qual é resposta para essa pergunta, clique aqui.

Boa leitura,
Equipe CIM-RS


Fontes:
- DUNCAN, B.B.; SCHMIDT, M.I.; GIUGLIANI, E.R.J.; Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências.
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
- POISINDEX® System. MICROMEDEX® Truven Health Analytics. The Healthcare Business of Thomson Reuters. Disponível em:
http://www.micromedexsolutions.com/home/dispatch. Acesso em: 10 jan. 2014.

27 de jan. de 2014

Aviso

Informamos aos nossos usuários que, nesta segunda-feira, 27 de janeiro, o CIM-RS funcionará somente até às 16 horas.

Gratos pela compreensão.
Equipe CIM-RS

23 de jan. de 2014

Terapias-alvo moleculares no tratamento do câncer

O avanço da ciência em novas tecnologias e abordagens terapêuticas tem proporcionado aos pacientes oncológicos maiores possibilidades de cura e de melhora na qualidade de vida, que frequentemente é abalada pelo tratamento agressivo ou pela progressão da doença.
Os quimioterápicos utilizados na terapia antineoplásica convencional, em geral, agem impedindo a divisão das células tumorais, causando danos nas moléculas de DNA e/ou RNA. Como estas moléculas regulam a multiplicação de todas as células humanas, os agentes quimioterápicos atuam de forma não específica, estendendo sua ação também às células sadias. As células de crescimento rápido, como as das mucosas gastrintestinais, de folículos capilares e do sistema imunológico, são particularmente suscetíveis a esses fármacos, e isso explica grande parte dos efeitos adversos desse tipo de tratamento, incluindo náuseas, vômitos, queda de cabelo e maior risco de infecções.
Ao interferir no metabolismo celular pela interação com moléculas chave para a proliferação das células cancerígenas, a terapia-alvo revolucionou o tratamento do câncer ao direcionar a ação dos medicamentos exclusivamente, ou quase exclusivamente, às células tumorais. Assim, o tratamento apresenta menos reações adversas e melhores resultados.
Esta forma de terapia é uma das mais pesquisadas nos estudos clínicos realizados atualmente na área da oncologia. A procura por um alvo celular específico que possa ser atingido por um determinado medicamento é a principal base para o desenvolvimento de terapias contra os mais diversos tipos de câncer, com a intenção de aumentar a precisão do tratamento e reduzir a ocorrência e a gravidade das reações adversas.
Para conhecer os principais medicamentos antineoplásicos desenvolvidos para atingir um alvo específico, recomendamos a leitura do boletim Australian Prescriber sobre terapias-alvo “Molecular mechanisms and clinical use of targeted anticancer drugs. Para conferir o boletim na íntegra, clique aqui. Todos os fármacos citados no boletim, exceto o crizotinibe, estão registrados na Anvisa como medicamentos e são comercializados no Brasil.

Boa leitura
Equipe CIM-RS

14 de jan. de 2014

Betacaroteno e bronzeado

Mesmo com as fortes recomendações para o uso de fotoprotetores tópicos e campanhas para a prevenção do câncer de pele, a estética do verão é exibir uma pele bronzeada.

O bronzeado é resultado de um mecanismo de proteção parcial da pele contra a radiação solar: a produção de melanina. Quando agredida por intensa luz solar, a pele defende-se produzindo quantidades maiores de melanina, tornando-se mais escura. A melanina é um filtro solar natural capaz de absorver a radiação que atinge a pele, porém insuficiente para conferir proteção total. Como a quantidade de melanina e sua distribuição no corpo dependem de fatores individuais e raciais, esse mecanismo de proteção da pele varia muito de pessoa para pessoa.

É comum nessa época do ano o uso de alimentos ou suplementos para estimular a cor bronzeada da pele. A maior parte desses ativos é considerada alimentos funcionais, também chamados fotoprotetores orais. Enquanto os protetores solares tópicos atuam pela reflexão e absorção da radiação incidente, evitando que ela atinja a pele, os fotoprotetores orais atuam em nível celular ou molecular após a incidência da radiação solar na pele, reduzindo os danos assim gerados. As substâncias mais conhecidas para essa finalidade são as vitaminas C e E, os carotenoides, polifenóis, extrato de Polypodium leucotomos, probióticos e os ácidos graxos essenciais.

É importante ressaltar que as medidas de proteção solar recomendadas para evitar o câncer de pele devem ser sempre utilizadas. Os fotoprotetores orais não devem ser utilizados como garantia de proteção à exposição solar, e não são substitutos dos fotoprotetores tópicos nem da proteção mecânica. A recomendação do uso desses produtos deve ser preferencialmente feita pelo dermatologista, que orientará quais os ativos mais adequados, a posologia e o tempo de uso, conforme as necessidades e características do paciente.

O betacaroteno é extensamente utilizado para estimular a cor bronzeada da pele, mas como ele pode proteger a pele da radiação solar? Existem diferenças entre os carotenoides? O pergunte ao CIM-RS dessa semana responde a essas perguntas, para conferir a resposta clique aqui.


Boa leitura,
Equipe CIM-RS.

Fontes:
-          CONTRI,R.V.; GUTERRES, S.S. A fotoproteção da pele. In: SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R. Cuidados com os Medicamentos. 5. ed. ver. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2012.

-          SCHALKA, S.; STEINER,D. Consenso Brasileiro de Fotoproteção. Fotoproteção no Brasil – Recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Dermatologia –SBD, 2013.